POR QUE LUTAR POR UM PARTIRO REVOLUCIONÁRIO COM A LER-QI
O papel da juventude na construção do partido revolucionário
15 Nov 2008 | “A vida é bela. Que as gerações futuras
a limpem de todo o mal, de toda opressão,
de toda violência e possam gozá-la plenamente”
Leon Trotsky
Testamento escrito no México em 27 de fevereiro de 1940
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Por: Marcelo Tupinambá
Nos últimos anos, não somente o movimento estudantil vem ressurgindo em vários países e no Brasil, mas a juventude trabalhadora também vem se colocando em movimento com a recomposição das lutas operárias. Foram lutas importantes, que encaramos como preparatórias e antecipatórias de grandes processos nos quais estamos chamados a atuar como sujeitos revolucionários nesta etapa que se abre com a crise económica, que mal começou e já está levando a juventude massivamente às ruas em vários países como Itália, Alemanha e Espanha, onde se luta contra as reformas educacionais. Até nos EUA, a juventude expressou que está mobilizada, ainda que por agora de maneira distorcida nas eleições e com muitas ilusões em Obama.
A mobilização da juventude tende a se aprofundar com a desilusão de setores cada vez mais amplos com o capitalismo, em particular da juventude que não carrega nas suas costas as derrotas do passado e está cheia de energias e anseios para a vida, o que se choca com o capitalismo em decadência. Somos nós, assim como os negros e as mulheres, que seremos os primeiros atacados, já que sofremos mais com o desemprego, com os trabalhos mais precários e o dinheiro da educação pública está indo massivamente para salvar os capitalistas da crise.
Esse papel que a juventude vem cumprindo e pode cumprir num patamar superior nos próximos processos de luta, se fortalece qualitativamente se pensamos estrategicamente e nos dedicamos à tarefa de construir um partido revolucionário, tarefa que Leon Trotsky, que viveu e dirigiu uma grandiosa revolução junto a Lenin, dizia que “nos aporta a maior das felicidades: a consciência de que participamos da construção de um futuro melhor, de que carregamos nas nossas costas uma parte do destino da humanidade e de que nossas vidas não foram vividas em vão” .
A juventude pode aportar para essa perspectiva de diversas maneiras. Em primeiro lugar, podemos fazer elaborações teóricas, estratégicas e programáticas para resgatar e recriar o marxismo, não como um dogma, mas como teoria viva e guia para ação revolucionária. Por isso, impulsionamos a revista Iskra, que queremos que se transforme numa ferramenta organizadora de jovens que querem se forjar como intelectuais orgânicos da classe trabalhadora, que consiga superar o marxismo acadêmico descolado da prática e a esquerda sindicalista que despreza a teoria.
Apoiamos as lutas dos trabalhadores que estão na mira dos capitalistas frente à crise, não somente prestando solidariedade ativa, mas discutindo com eles os grandes problemas da sociedade, como fazemos nos piquetes que realizamos do Jornal Palavra Operária nas fábricas e locais de trabalho.
Podemos ser dentro das universidades a voz dos trabalhadores, seguindo os grandes exemplos que o movimento estudantil já deu quando superou o corporativismo e levantou as demandas dos trabalhadores e do povo pobre, como no maio francês de 68. É essa perspectiva que o movimento estudantil internacional volta a apontar, abrindo novas perspectivas para a luta por um movimento estudantil anti-capitalista e pró-operário.
Essas são somente algumas das tarefas apaixonantes que chamamos a juventude a realizar junto a LER-QI.
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