Palavra Operária

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No sábado, dia 17 de setembro, realizamos uma importante confraternização junto com as ex-trabalhadoras da União (empresa terceirizada de limpeza contratada pela USP), que realizaram durante o mês de abril uma forte greve de mais de um mês. A greve, que se iniciou com a reivindicação do pagamento de 1 mês de salários atrasados, terminou por compreender que a luta real de todas aquelas mulheres e homens jamais poderia estar por fora da demanda pela incorporação de todos os trabalhadores terceirizados sem concurso público, denunciando todas as atrocidades cometidas pelo regime de terceirização.

O encontro reuniu desde trabalhadores que antes da União encaravam lutas contra a precarização do trabalho, como ex-trabalhadoras da Dima (que contam com sua história na recente publicação da Iskra "A Precarização tem rosto de mulher") que em 2008 já lutavam contra a terceirização na USP, trabalhadores da USP, do metrô, professores da rede estadual e os mesmos estudantes que em Abril e Maio estiveram junto à luta da União, dia a dia, até o pagamento dos salários. Todos que se reencontram agora na perspectiva de organizar uma forte luta contra essa fétida tática de lucro que é a terceirização.

Com a exibição dos vídeos da greve, reativamos para nós e para elas a memória de como esta greve foi a ponta de lança de uma das mais importantes respostas que a classe trabalhadora deu contra a precarização do trabalho no Brasil, demonstrando todo o necessário para que essa luta seja de fato vitoriosa: a aliança entre trabalhadores efetivos e terceirizados, o apoio ativo dos estudantes e de outros setores de trabalhadores, a existência de um sindicato combativo como o Sintusp e a radicalidade necessária que toda essa aliança faça tremer as bases de uma Universidade como a USP.

Assistindo ao vídeo, figuras importantes como Glória e Conceição lembram de seus discursos inflamados de ódio contra o patrão, contra a Reitoria, e lentamente contra todo o sistema que impõe a existência desse tipo de exploração, e nos seus olhos e de todos os militantes jovens era possível ver a emoção dos que se reuniram e se fortaleceram com essa experiência, enxergando que nossa resposta ainda não acabou e que é de nossa união e de uma luta coesa e consciente que virão as respostas mais duras e concretas contra a precarização do trabalho e as formas de superexploração impostas em suas vidas.

Assista aos vídeos em:

http://www.youtube.com/watch?v=RkQYBQexoTg

http://www.youtube.com/watch?v=GME1qqULqYo

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