Sábado 27 de Abril de 2024

Internacional

FRANÇA

Frente às demissões na PSA Peugeot-Citroën

15 Feb 2012   |   comentários

Data: quinta-feira 2 de fevereiro de 2012
Vincent Duse, militante da CGT na PSA Peugeot de Mulhouse e membro do Comitê Político Nacional do NPA pela Corrente Comunista Revolucionaria / Plataforma 4 - www.ccr4.org)

Apesar do frio e da “escolta” da polícia, o ato de 26/01 em Mulhouse foi um êxito total. Uns sessenta delegados sindicais da CGT ( da fábrica e da regional) fizeram valer sua voz: na Alsacia a resistência contra as demissões na PSA em geral, e em Mulhouse em particular, começa a se organizar.

Durante a jornada juntamos certa de 2.000 assinaturas, com um abaixo-assinado que dizia “Não à supressão dos postos de trabalho! Não às demissões de 600 terceirizados da planta da PSA Mulhouse!”. Para nós, esta ocasião nos serviu para ver que a população está do nosso lado.

Também foi uma oportunidade para discutir com muitos jovens contratados em condições precárias. Esses jovens nos contaram sobre sua impotência ao serem tratados como mão de obra barata, como “variáveis de ajuste”, e obviamente, também assinaram a petição.

Vários dos que assinaram o abaixo-assinado no dia 26 na fábrica, nos perguntavam qual seria a continuidade que pensávamos dar a essa primeira ação.

Em Mulhouse, é necessária uma resposta do conjunto das organizações sindicais já que há um ataque ao emprego que se dá a nível regional. Nesse marco, o ato de quinta-feira dia 26 mostra que é necessário uma resposta para mostrar que em toda a região, e de acordo com os interesses de todos os assalariados e das classes populares que habitam e trabalham em Haut-Rhin, as demissões não passarão. Vamos exigir à CGT departamental que tome a iniciativa, começando uma grande jornada de mobilização, com greves e atos, para mostrar não somente que a resposta é necessária senão também possível, a partir do momento em que nossas organizações se proponham a mobilizar os trabalhadores.

Que a jornada de 18/02 em Aulnay seja o começo de uma coordenação da resistência a nível de PSA

No resto das plantas da PSA também se juntaram assinaturas mostrando que aumenta a raiva. Em Aulnay, uma das três plantas na Europa ameaçadas de fechar, 350 companheiros da equipe da manhã pararam dia 17/01 contra quase 200 ameaças de demissões que atingem a fábrica. Eles também se propõem a organizar uma grande manifestação intersindical contra as ameaças de fechamento, com o apoio da população e dos trabalhadores de toda a região de Seine-Saint-Denis no dia 18/02. Como fizemos antes, os trabalhadores das outras plantas da PSA, sobre tudo em Mulhouse, estarão presentes para prestar sua solidariedade aos companheiros de Aulnay.

Depois das jornadas que se organizaram localmente nas diferentes plantas, seja em Aulney, em Valenciennes ou em Mulhouse, as paralisações em Metz ou Rennes, a próxima etapa deveria ser uma grande jornada de greve em toda a empresa para que decidamos como organizarmos com o objetivo de impedir os planos de Varin (presidente diretor da PSA) e seus gerentes: Nenhuma demissão, nenhum fechamento de fábrica, não ao desemprego técnico, repartição do trabalho no conjunto das plantas do grupo sem redução de salário!

Este poderia ser um primeiro passo para nos colocarmos em pé de guerra e fazer, dês da questão do emprego e dos fechamentos de empresas, uma grande batalha. Por sua importância econômica e seu peso a PSA poderia estar à cabeça de tal contraofensiva.

São os trabalhadores de Lejaby, de SeaFrance, de M-Real e de outras partes, os que puseram em discussão a questão dos empregos. Tanto Sarkozy como Hollande (candidato presidencial pelo Partido Socialista) e as confederações sindicais “dialoguistas” não querem escutar falar disso, dizendo que “os fechamentos são uma fatalidade, é a lei do mercado”, ou então que “haveria que produzir Frances” ou também “que temos que aceitar os mecanismos de recurso ao desemprego técnico”. A nós nos corresponde mostrar de que maneira, com nossos próprios métodos, estamos capacitados para responder e afrontar uma questão que é tão fundamental para nós, os trabalhadores e nossas famílias. O próximo período deveria nos dar a possibilidade de por a direção de nossas organizações entre a espada e a parede e coordenar a luta entre as plantas para ganhar essa batalha.

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