Domingo 5 de Maio de 2024

Movimento Operário

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Escrevem os jovens trabalhadores

06 Jul 2003   |   comentários

A máquina capitalista colocará mais 100 trabalhadores no olho da rua!

As empresas estão indo embora para o interior devido o baixo custo da mão de obra, ou seja, mão de obra barata, isenção de impostos e sendo assim gerando maiores lucros para o capitalista. Com essa intenção ele visa o seu enriquecimento e conseqüentemente trazendo o empobrecimento da classe operária. Este caso ocorre numa industria metalúrgica da grande São Paulo que está se transferindo para o interior, deixando vários trabalhadores a mercê do desemprego. Esta metalúrgica tem cerca de 100 trabalhadores na produção, dividido entre: estamparia, zincagem, linha de montagem, fosfato (Processo químico da peça), pintura, solda, expedição, ferramentaria etc. Nesta transferência a patronal coloca que não haverá deslocamento dos trabalhadores, justamente pelo fato já mencionado acima, mão de obra barata justamente pela brusca diferença de piso salarial entre diferentes regiões que aqui na grande São Paulo é de em torno de 500 reais e no interior é de 318 reais.

Passando agora para a questão patronal, bom o que tenho a ressaltar e que o próprio sistema gira em torno dos interesses burgueses porque são pessoas que tendo todo um aparato a seu favor oprime e massacra a classe trabalhadora (operários) de maneira que a classe trabalhadora fique sem meios para lutar já que um único órgão que deveria estar em beneficio do trabalhador, sindicato, por sinal o deixa totalmente desamparado.

O sindicato ao meu modo de ver deveria dar apoio total à classe trabalhadora (mas o que ocorre é justamente o contrário) no sentido de defesa (escudo) ou de organização dos trabalhadores contra a patronal, e o que deveria ser feito, bom na minha opinião, poderíamos fazer um trabalho de fortalecimento de massas no sentido de instruções gradativas ou seja instruindo o trabalhador para que o mesmo possa se libertar, tomar consciência de que alguma coisa tem que ser feita para que se possa mudar essa realidade.

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Empregos e salários dignos para todos!

A questão do desemprego no Brasil atinge hoje milhões em toda a população brasileira. Só em São Paulo, que é um dos principais estados brasileiros, temos 26% da população sem emprego atualmente.

Eu sou mais um sem emprego e salário digno, jogado no mundão.

Tudo isso por culpa dos patrões burgueses que insistem em explorar cada vez mais a classe operária sem consciência de suas forças, que está sempre oprimida pelos patrões burgueses que usam táticas tais como demissão, redução salarial, se o operário não concorda em trabalhar mais de 8 horas diárias e até feriados.

Em depoimento de mais um operário, ouvi tais palavras por ele que foi o seguinte: "sou obrigado a trabalhar mais que 8 horas por dia e até feriados para ganhar um mísero salário que mal dá para sustentar a minha família, isso por que minha mulher faz umas faxinas aí na casa das madames por uma migalha que mal dá também para uma cesta básica. Se me recuso a ir trabalhar sou demitido e aí como vai ficar meus filhos? Com fome e sem teto. Já chega eu também quero lutar pela revolução."

Todos querem trabalhar para viver, não viver para trabalhar. Por isso é que devemos nos unir com esse operário que colocou essas palavras de cortar o coração de qualquer ser humano que tem a noção de viver oprimido e explorado.

Um primeiro passo a darmos: empregos e salário digno para todos. Como podemos fazer isso? Com a união entre operários empregados e operários desempregados.

Não podemos continuar lutando um com o outro por cargos e vagas para satisfazer os patrões burgueses. É isso que os patrões burgueses querem.

Vamos nos unir, força operária para lutarmos primeiro por redução das jornadas de trabalho divididas pela metade e também por um salário digno de acordo com as nossas necessidades.

Cedendo assim um espaço para os operários desempregados. Nós operários temos que colocar em mente o seguinte: é a gente que faz o país andar.

Textos escritos respectivamente por Sérgio e Gilson

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