Segunda 6 de Maio de 2024

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Debate de lançamento do Programa de Transição discute sua atualidade diante da crise mundial

10 Nov 2008 | Na última semana ocorreu um ciclo de atividades com a presença do companheiro Christian Castillo, professor da Universidade de Buenos Aires e dirigente nacional do PTS, organização irmã da LER-QI na Argentina. Na quinta-feira passada, dia 07/11, Christian participou do lançamento do livro "Os Irredutíveis", de Daniel Bensaid, ao lado de Marcelo Ridenti, professor da Unicamp. No domingo foi a vez do lançamento da publicação "O Programa de Transição - Documentos da IV Internacional" das Edições ISKRA, em que dividiu a mesa com o companheiro Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP e dirigente da LER-QI, atividade que contou com a presença de cerca de 150 estudantes e trabalhadores. Segunda-feira 10/11, com cerca de 120 pessoas, Christian dividiu a mesa com Ruy Braga, professor de sociologia da USP e Leda Paulani, da FEA, para discutir a crise econômica e as perspectivas da esquerda. Na terça-feira, dia 11/11, com a presença do professor Antonio Rago Filho, Christian falou sobre a crise internacional e as eleições norte-americanas. Veja abaixo o lançamento do livro "O Programa de Transição - Documentos da IV Internacional".   |   comentários

Christian e Brandão falaram sobre o significado do Programa de Transição e seu enorme valor prático na etapa que se abre agora. Os dois companheiros ressaltaram a necessidade dessa discussão frente a crise que será descarregada nas costas dos trabalhadores.

Christian recuperou o contexto histórico em que o texto foi escrito, ao mesmo tempo como uma síntese e condensação da experiência das lutas históricas da Oposição de Esquerda contra o stalinismo e a social-democracia, e por outro como ferramenta para intervir nas lutas práticas que iam se abrir no contexto da marcha acelerada para a Segunda Guerra Mundial.

Explicou que todo o programa está assentado sobre a premissa de que há na época atual um desacordo entre as condições económicas, “objetivamente” maduras para o socialismo, e o nível de consciência atrasado da classe trabalhadora. Que esta análise, válida para toda a época histórica em que vivemos, assume enorme vitalidade no momento atual.

Christian falou de como a crise torna mais fácil explicar as idéias do programa marxista:

Que frente aos resgates bilionários aos banqueiros em quebra, a idéia da nacionalização dos bancos, sob controle democrático dos trabalhadores, parece bastante adequada e racional. O mesmo a nacionalização do comércio exterior, sob controle das organizações operárias, que pode ser apresentado como medida eficaz frente os choques de fuga de capitais e as obscenas remessas de lucros das multinacionais para as matrizes no exterior. Ou então, diante das demissões massivas e o fechamento de empresas, que a ocupação das fábricas e a luta para produzir sob controle operário se repõem como alternativa independente da classe trabalhadora, assim como ocorreu na própria Argentina após a crise de 2000-2001 ’ no movimento cujo emblema continua sendo a cerâmica Zanon (Fasinpat), que produz sob controle democrático dos trabalhadores até hoje.

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