Palavra Operária

Nesse 1º de Maio um setor importante da juventude trabalhadora esteve presente no Bloco Classista e Internacionalista. Jovens sapateiros de Franca, metalúrgicos do ABC e de Osasco, professores, trabalhadores da Sabesp e da USP, além de diversos jovens de universidades privadas, se juntaram à LER-QI para marchar contra o governo, a patronal e a burocracia sindical.

A juventude que desde já se soma aos trabalhadores combativos de diversos setores expressa a necessidade emergente dos jovens se organizarem e mostrarem seu peso decisivo na luta contra a exploração capitalista.

VOZES DA JUVENTUDE TRABALHADORA:Kelson - jovem sapateiro e estudante de Franca

JPO: O que opina de ter participado do Bloco Classista:
K.: Para mim, foi colocar minha consciência em ação. Ter conseguido extrapolar a teoria e ter ido para a prática, mostrando que o trabalhador está tomando consciência do momento histórico que estamos vivendo.
O Bloco Classista separou o ”˜trigo do joio”™, denunciando a política conciliadora do ato ”˜anti-governista”™ ’ que abriu espaço para Suplicy (PT) ’ e resgatando a essência real do Movimento Operário, independente da burguesia, dos patrões e das direções conciliadoras.

JPO: Por que o jovem deve se organizar hoje?
K.: O jovem trabalhador é o principal afetado por esse sistema desumano, caótico e destruidor ’ o capitalismo. É justamente o mais afetado por não ter acesso a educação, a cultura e a política. Além disso, o jovem trabalhador ocupa os postos de trabalho mais precarizados, e com a crise capitalista são os menos contratados (pela suposta ”˜falta de experiência”™) e os mais demitidos.
A necessidade da organização política vem não só da necessidade de problematizar e discutir, mas também de agir e assim reverter o quadro de crise económica mundial, por uma saída independente da classe trabalhadora.

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