Sexta 26 de Abril de 2024

Juventude

Nas eleições para DCE da USP

A COMUNA surge como uma alternativa revolucionária

14 Nov 2003   |   comentários

A COMUNA pela primeira vez esteve presente nas eleições para DCE da USP e fez uma grande campanha, aparecendo com discussões diferenciadas frente a toda a lógica que normalmente impera nas eleições.

Contra o conhecimento produzido hoje nas universidades em geral e em especial na USP, um conhecimento completamente a serviço do capital e sua sede de lucro, a chapa COMUNA colocou a discussão do conhecimento produzido a serviço das lutas dos trabalhadores e do povo pobre, um conhecimento a serviço do fim da exploração.

Contra a repressão nas universidades e a entrada da polícia no campus, a chapa COMUNA colocou a política de se fazer uma ampla campanha junto com outras universidades que sofrem os mesmos problemas e começam a lutar contra isso. Só defendendo o que já conquistamos com nossas lutas e combatendo a repressão podemos avançar para conquistas superiores.

Nossa chapa nas eleições se colocou, assim como no dia a dia a COMUNA se coloca, lado a lado com os estudantes de Salvador na luta pelo passe livre, com todos os que lutam pelo fim do vestibular, contra a repressão e por cultura, lazer e educação livres e gratuitos para todos.

Contra a lógica das chapas governistas, financiadas pelos grandes aparatos, a COMUNA se apresentou com uma chapa independente do governo e de suas políticas, defendendo os interesses dos estudantes e a aliança destes com os trabalhadores para revolucionar a vida dentro e fora da universidade. Os 111 votos que tivemos foram uma pequena expressão do desejo de um setor dos estudantes em romper com toda a velha lógica de atuação das correntes burocráticas no movimento. Enquanto isso, a chapa de frente única do PSTU com o SR (PT), obteve apenas 142 votos, apesar do peso político dessas correntes. Por sua vez, o PCO apesar de apresentar um programa rebaixado e “sindicalista” ficou com 54 votos.

Contra um DCE governista eleito por pouco mais de 5% dos estudantes da USP, encabeçado pela corrente Força Socialista do PT, e que vai representar os estudantes por um ano, a chapa COMUNA defendeu que o DCE esteja a serviço da auto-organização para a luta na universidade, para que quem decida sejam os próprios estudantes a partir de suas salas de aula e suas assembléias de curso. Hoje os estudantes sequer participam das eleições do DCE, porque não o vêem como seu, porque o DCE é hoje uma entidade burocratizada. O DCE deve ser uma ferramenta para a luta dos estudantes e não um entrave para ela.

Não vencemos as eleições, mas nossa ampla campanha serviu para tornar nossas idéias conhecidas e nos unir com estudantes que querem lutar para revolucionar a universidade e a sociedade.

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