Segunda 6 de Maio de 2024

Juventude

JUVENTUDE

Viva a luta do movimento estudantil europeu!

15 Nov 2008   |   comentários

Na última edição deste jornal, divulgamos a luta que está travando o movimento estudantil italiano contra a reforma educacional que sucateia o ensino público com corte de verbas, pessoal e fechamento de escolas. O dia 14/11, foi o terceiro dia de mobilizações massivas em todo o país depois da aprovação pelo Senado do decreto proposto pelo primeiro ministro direitista Berlusconi. Viemos expressando essa luta, porque achamos que o movimento estudantil deve seguir o exemplo dos estudantes italianos que estão se radicalizando e tomando as ruas por trás da consigna de “Não vamos pagar pela sua crise” . Nesta edição, temos mais motivos para saudar o movimento estudantil europeu que começa se coloca na vanguarda dos processos de luta da juventude.
Na última semana, os estudantes espanhóis intensificaram a luta contra o “Plano Bolonha” , projeto de reforma do ensino superior que, entre outros ataques, implica na desaparição de alguns cursos e abre espaço para a privatizaão das universidades que teriam que financiar-se por si mesmas, colocando em risco principalmente cursos de humanidades que não são vinculados tão diretamente aos interesses dos capitalistas, mas também de ciências básicas como Biologia e Química.

As ruas de 60 cidades do país foram tomadas com dezenas de milhares de estudantes numa greve geral no dia 13/11, na segunda jornada grevística dos estudantes (a primeira foi em 22/10). Em Madrid, mais de 20 mil manifestavam-se também por trás de uma faixa “Em defesa da educação pública. Que a crise seja paga pelos capitalistas” . Em Sevilha, mais de 5 mil manifestaram-se por trás da consigna “a educação é um direito, não um negócio” .

Também estão sendo organizadas cada vez mais assembléias e ocupações de faculdades como em Valência, Madrid e Barcelona. É um processo que expressa o mal estar que há na juventude que tende a aumentar conforme a decomposição social provocada pela crise económica mundial e espanhola avance. Nossa organização irmã na Espanha, o Clase contra Clase, está intervindo com todas as suas forças nesse processo.

Também na última semana, estudantes secundaristas alemães protestaram em mais de 40 cidades do país e ocuparam a Universidade Humboldt, em Berlim, exigindo melhoria da educação, mais professores e menos horas de estudo, que são completamente absurdas porque diminuíram os anos escolares de treze para doze anos com o mesmo número de horas! O sindicato GEW, chama a “não castigar tão duramente os estudantes” .

Continue seguindo as notícias desses processos que estamos intervindo com companheiros da Fração Trotskista que atuam na Espanha, Alemanha e Itália. Em breve teremos entrevistas e/ou artigos neste jornal sobre essas importantes lutas.

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