Terça 30 de Abril de 2024

Juventude

LUTA NAS UNIVERSIDADES PARTICULARES

Viva a greve de professores e funcionários da Unicastelo!

28 May 2010   |   comentários

Por Felipe Campos - estudante de Ciências Sociais da PUC e dirigente estudantil da LER-QI e Camila Loures - estudante de Pedagogia da Unicastelo e integrante do Grupo de Mulheres Pão e Rosas

No último dia 12 de maio professores e funcionários da Unicastelo do campus de Itaquera iniciaram uma greve que já dura aproximadamente 20 dias. O não pagamento de seus salários do mês de abril foi o estopim para a mobilização, somados aos outros inúmeros direitos trabalhistas que vem sendo desrespeitados pela instituição como não pagamento de 1/3 de férias, 13° salário referentes à 2009, depósito de FGTS desde 2009 e pagamento de folha complementar.

Frustradas todas as tentativas de negociação com a reitoria, os professores tiveram mais uma ´´surpresa´´ fruto da anarquia capitalista que envolve o mercado da educação superior privada no país. Verificaram que as contas da Unicastelo foram bloqueadas pela justiça federal por motivos de dívidas trabalhistas, constando neste processo ocorrência de fraude administrativa da mantenedora da Universidade, fato que impediu o pagamento dos trabalhadores, porém, dias antes do bloqueio da conta, metade do faturamento mensal da UNiversidade, suficiente para o pagamento dos funcionários e professores, foi transferida de conta. A reitoria diante dessa situaçao se abstém de maiores explicações, sem nenhuma proposta de negociação segue pressionando os trabalhadores a voltarem a trabalhar e disparando ameaças aos professores e estudantes que vem encabeçando o movimento.

Frente a esse cenário a greve tomou um corpo mais radicalizado, estudantes de diversos cursos apoiaram o movimento e se somaram num grande ato no dia 20 de maio que contou com a presença de mais de 500 pessoas nas ruas de Itaquera.

É fundamental o apoio ativo de todas as entidades estudantis da ANEL e também da Conlutas nessa importante luta em curso dentro de uma Universidade particular, que apesar de sofrerem cotidianamente com o alto grau de repressão interna, mostram vigor e disposição de sobra para atacar os lucros dos capitalistas, defender seus empregos além de lutar em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. E nesse sentido a saída que vemos para tirar a Unicastelo dessa crise é a estatização da Universidade, fazendo com que os estudantes, professores e funcionários passem a ter controle sobre os rumos e coloquem a produção de conhecimento a serviço dos trabalhadores e do povo pobre de Itaquera.

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