Sexta 26 de Abril de 2024

Juventude

Todo apoio à luta dos estudantes das universidades federais!

09 Nov 2007   |   comentários

O sistema universitário nacional está em uma profunda crise, que se expressa na iniciativa dos governos e das burocracias acadêmicas de atacar (muitas vezes com um discurso de “democratização da universidade” para ganhar apoio popular) e na resposta que vem dando o movimento estudantil que agora se levanta contra o REUNI nas universidades federais.

Aprofunda-se a tendência à superação das direções tradicionais, que estão do lado do governo, e a radicalização nos métodos, diferente das lutas que primaram desde os anos noventa. Ainda que muitas vezes os setores combativos que vem se colocando em movimento tem que se enfrentar com os vícios do modo petista de militar que ainda trazem algumas correntes do movimento como o PSOL e o PSTU.

O modo petista de militar, a grosso modo, é aquele que se limita a pensar calendários, dar respostas organizativas a problemas que são políticos, que falam de democracia, mas se colocam contra qualquer forma de democracia direta, que atua com a lógica de mobilizações de pressão sobre uma ala da burocracia acadêmica, que vocifera a “unidade” , mas sem um conteúdo que de fato represente nossos interesses, que SEMPRE fala que fomos vitoriosos, independentemente se sofremos uma derrota fragorosa.....

O novo movimento estudantil precisa de novos métodos de organização, de um novo programa que seja capaz de tirar a bandeira da “democratização da universidade” das mãos do governo, de se enfrentar com o antidemocrático regime universitário e a burocracia acadêmica que são quem de fato aplicam os projetos do governo.
Para isso, o novo movimento estudantil que se forja não pode iniciar sempre do zero. É necessário tirar as lições das greves e ocupações das estaduais paulistas que mostraram que devemos lutar contra as práticas petistas das antigas direções, buscando mecanismos de auto-organização para massificarmos as lutas. Mais uma vez, se mostra a necessidade de um comando nacional unificado de greve por delegados que consiga coordenar os distintos movimentos, assim como a necessidade de expandir nosso movimento para além dos muros da universidade, conquistando o apoio dos trabalhadores e do povo pobre e para isso, não podemos nos limitar a uma negação do projeto governista de universidade, e sim aprofundar um questionamento da universidade que temos hoje e um projeto alternativo de democratização da universidade a serviço dos trabalhadores.

Assim, podemos avançar não só para derrotar o REUNI e qualquer ataque que venha do novo projeto de universidade do governo de saída para a crise universitária, mas lutar por um programa que supere somente a “defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade” , e que de fato democratize a universidade e a coloque a serviço dos trabalhadores e do povo pobre.

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