Sábado 4 de Maio de 2024

Movimento Operário

TRABALHADORES EM LUTA CONTRA A QUEBRA DA ISONOMIA

Todo apoio à greve da Unicamp!

25 Oct 2011   |   comentários

Intervenção de Magrão, estudante do IFCH e militante da Juventude às Ruas, em solidariedade aos trabalhadores durante a greve.

A luta pela isonomia é também contra a repressão e pela efetivação dos terceirizados!

Por Juventude Às Ruas!

Isonomia salarial: direito de receber o mesmo salário, pelo mesmo serviço, tendo o mesmo empregador. Ou, para as reitorias das Universidades Estaduais Paulistas: termo sem nenhum sig­nificado.

No último dia 18, os trabalhadores da Unicamp decidiram que não mais aceitariam esse ataque da reitoria, e deflagraram uma greve por tempo indeterminado, exigindo que a isonomia salarial entre a USP, Unicamp e UNESP seja retomada, tendo como base o salário dos trabalha­dores da USP. Nós, da Juventude às Ruas, nos colocamos desde o primeiro momento ao lado desses trabalhadores em greve, travando junto a eles essa batalha, nos solidarizando com essa luta pela isonomia que, mais do que justa, vem acompanhada de uma luta contra a repressão aos luta­dores, pelo direito de greve (que vem sendo minado a nível federal, vide a greve dos Correios), de lutar por seus direitos. Em seu primeiro dia de greve, os trabalhadores que aderiram à mesma se mostraram cheios de força e ânimo para lutar e convencer os outros trabalhadores que continu­aram em seus postos. Estivemos junto a esses lutadores prestando solidariedade ativa a essa greve, com cartazes de apoio e falas que mostravam que essa luta deve ser uma só, travada com alian­ça entre os trabalhadores e os estudantes, pois sabemos que a reitoria que ataca os salários dos trabalhadores e ataca também seu direito de greve, ao processar criminalmente 9 deles pela greve de 2010, é a mesma reitoria que ataca os estudantes, ao não permitir a permanência dos mesmos na Universidade, devido a falta de moradia, e ainda processa administrativamente os que lutam por esse direito. Ataca também mulheres, jovens, pobres e negros que são diariamente explorados pela terceirização, que lhes impõe a vil precarização da vida!

No mês de setembro, os trabalhadores terceirizados do bandejão também paralisaram contra as péssimas condições de trabalho às quais estão submetidos. Isso mostra a real necessidade da efetiva­ção, sem concurso público, desses trabalhadores, e da necessidade de que os trabalhadores efetivos junto ao STU tomem para si essa luta, que significa lutar pela unidade dos trabalhadores!
Todos esses ataques não são isolados à reitoria da Unicamp. Fazem parte de um projeto de Universidade que está hoje colocado para nós, projeto este de uma universidade elitista que quebra a isonomia salarial dos trabalhadores e os divide entre efetivos e terceirizados; que persegue politicamente e reprime estudantes e trabalhadores que se colocam em luta; que está a serviço não da grande maioria da população, mas sim de uma ínfima minoria, a burguesa detentora do capi­tal, que decide para onde vai todo o conhecimento produzido por esses “centros de excelência”; que impede, utilizando o vestibular, a juventude pobre e negra de estar dentro da universidade para estudar, permitindo a apenas alguns poucos jovens brancos de classe média fazer parte dessa elite intelectual; ou seja, é o projeto de uma universidade que serve apenas aos lucros dos grandes, da burguesia, e que cresce em base ao esmagamento da maioria, da juventude, dos trabalhadores. Queremos que essa universidade que funciona por dentro deste projeto venha abaixo!

Não deixaremos passar nenhum ataque e repressão que possa vir contra a greve que está em curso! Em defesa de uma real aliança operário-estudantil, contra as punições, pela isonomia salarial já, e pela efetivação sem concurso público dos terceirizados! Viva a greve dos trabalhadores da Unicamp! Juventude, estudantes e trabalhadores: ÀS RUAS!


CARTA AOS FUNCIONÁRIOS DA UNICAMP, EM GREVE

Nós, da Diretoria Colegiada Plena do Sintusp, nos solidarizamos com a deflagração de GREVE, aprovada pelos trabalhadores em assembleia realizada na tarde de terça-feira 18/10.

Após meses de tentativa de reunião com o Reitor Fernando Costa, que se manteve intransigente durante todo esse tempo, para tratar da equiparação de salários e benefícios com os trabalhadores da USP, extensão dos benefícios aos funcionários da Funcamp, retomada da isonomia salarial quebrada pelo Cruesp em 2010, entre outras reivindicações, os trabalhadores da Unicamp decidiram por paralisar suas atividades corretamente, uma vez que não há qualquer indicativo por parte da Reitoria em atender nenhuma dessas reivindicações.

É justo e correto que nossos companheiros(as) lutem pela equiparação de salários e direitos, mantendo a isonomia com as demais categorias de funcionários das estaduais paulistas, uma vez que esta foi conquistada através da luta conjunta de nossas categorias nos últimos 20 anos. Por isso, manifestamos todo nosso apoio à luta de vocês!

E para fortalecer esta luta, também aproveitamos para abrir a discussão sobre a importância de vincularmos a luta salarial a uma luta mais ampla contra os projetos de universidade que as Reitorias e os governos querem impor. Por exemplo, na USP, a conquista de uma nova carreira que elevou significativamente os salários dos
trabalhadores vem acompanhada de um projeto denominado PROADE, que tem por objetivo implementar uma avaliação das funções e do “comprometimento institucional” de cada um de nós, sob critérios mercadológicos, afim de avançar em conta gotas na demissão em massa de milhares de trabalhadores para reduzir drasticamente o número de funcionários efetivos e avançar no projeto privatizante de universidade, através da terceirização de funções essenciais, da criação em larga escala de cursos pagos de graduação e do ataque ao direito de greve e mobilização de nosso sindicato.

Na semana passada, um novo processo administrativo foi aberto contra os diretores do Sintusp, Magno, Neli, Solange e Pablito, Nair (delegada de base), Ana Mello (trabalhadora da COSEAS) indicando a demissão por justa causa dos trabalhadores e a eliminação definitiva de Rafael Alves, estudante que tem lutado por moradia, permanência estudantil e se solidarizado à nossas lutas.

Este processo se soma a outros processos administrativos e criminais que não param de chegar diante desta ofensiva repressiva que se intensificou depois da demissão ilegal de Claudionor Brandão. Diretores do Sintusp como Aníbal, Zelito, delegados de base como Luis Cláudio, Rosana Bullara, Patrícia, além de outros ativistas do sindicato e do movimento estudantil, como os 26 estudantes processados por lutar contra os
decretos de Serra em 2007.

Neste momento isso se soma a um ataque profundo aos trabalhadores através de portarias internas, inspirada no próprio “PROADE”, os diretores de várias unidades demitiram trabalhadores no HU, Instituto de Química, Instituto de Física, Pirassununga e nos últimos dias foram demitidos mais três companheiros da COSEAS.

Por isso, nos colocamos ao lado dos companheiros da Unicamp, que entraram em greve neste segundo semestre quebrando a lógica divisionista que nos impõe a data-base, e fazemos um chamado para que atuemos em conjunto para combater esse projeto do Cruesp e do governo do Estado, na perspectiva de somarmos forças lutando contra todo tipo de perseguição e repressão, contra a precarização dos postos de trabalho, lutando por iguais direitos e salários,pelo fim da terceirização e incorporação de todos os terceirizados, contra a fragmentação e divisão de nossos direitos e salários, para impor pela via da mobilização um projeto de universidade pública, gratuita, de qualidade e a serviço dos trabalhadores e do povo pobre.

TODO APOIO À GREVE DOS TRABALHADORES(AS)DA UNICAMP !!

AVANTE COMPANHEIROS(AS)!!

DIRETORIA COLEGIADA PLENA DO SINTUSP (20/10/2011)


UNICAMP, ESCUTA, SUA LUTA É NOSSA LUTA! SE A REITORIA ATACAR, CAMPINAS VAI PARAR!

Nós da Corrente Professores pela Base(organizada pela Liga Estratégia Revolucionária e independentes) formada por professores efetivos e temporários da rede pública estadual e das ETECs, trazemos aqui todo nosso apoio público a importante luta d@s trabalhador@s da Unicamp!

Nesse ano, trabalhadores de todo o país tem mostrado ao governo Dilma, empresários e a burocracia acadêmica que não aceitarão calados ataques e cortes de direitos. Os operários de Jirau, professores, servidores das federais, municipais, metalúrgicos e mais recentemente, trabalhadores dos Correios e bancários saíram a luta, mesmo com o freio e a traição da burocracia sindical governista da CUT e CTB.

Em 2011 ficou também claro que o Brasil de Dilma é o país da precarização. Começando pela rebelião de Jirau, e seguindo com duas importantes greves na USP(contando com o importante apoio do SINTUSP e dos estudantes através de um COMITÊ ESTUDANTIL DE SOLIDARIEDADE), obras da Copa e do PAC, os terceirizados mostraram toda sua força e disposição frente a uma situação de semi-escravidão de trabalho. Na mesma semana em que a mídia falava que Unicamp e USP estavam entre as melhores universidades da América Latina, os terceirizados da Unicamp bravamente paralisavam o Bandeijão e traziam à tona as terríveis condições de trabalho que estavam submetidos e sob quais bases se constrói a “excelência” das universidades paulistas de Alckmin.

Apoiamos a luta dos trabalhadores da Unicamp, que mostram que PRA LUTAR NÃO HÁ DATA E CALENDÁRIO, iniciando uma importante greve fora da data-base. Nós do PROFESSORES PELA BASE, que estivemos ao lado dos guerreiros dos Correios durante sua luta em Campinas, colocaremos todas nossas forças para que a greve da Unicamp possa vencer.

A LUTA PELA TRANSFORMAÇÃO RADICAL DA EDUCAÇÃO É UMA SÓ nas escolas e universidades. Se a burguesia, governo e burocratas se unem contra nós, é preciso unir todos, efetivos e terceirizados, Funcamp e Patrulheiros, professores e estudantes, nas escolas e universidades, para que essa greve possa vencer! Reitoria, tire seus dedos da greve: Se atacam um, atacam todos!

 Isonomia já entre todas as estaduais: para todos os trabalhadores efetivos, Funcamp, terceirizados e patrulheiros da Unicamp! Igual trabalho, igual salário!

 Por uma Unicamp a serviço dos trabalhadores e da população! Não à autarquização do HC e pela ampliação dos serviços! Fim do vestibular, para que a juventude trabalhadora tenha o direito de estudar na Unicamp, e não apenas trabalhar como patrulheiros com baixos salários!


Juventude às Ruas ao lado dos trabalhadores da Unicamp em greve, por uma universidade que esteja a serviço dos trabalhadores e do povo pobre!

Há uma semana os trabalhadores da Unicamp decidiram decretar greve contra as políticas de ataque que a Reitoria vinha implementando no último período. Para a Reitoria os trabalhadores não possuem nenhuma importância para o funcionamento da Universidade, e isso se demonstrou quando quebrou o acordo de isonomia salarial (direito de receber o mesmo salário, pelo mesmo serviço, tendo o mesmo empregador) que havia sido firmado entre as estaduais paulista, concedendo reajustes salariais somente para professores.

Nós, da Juventude às Ruas, nos colocamos desde o primeiro momento ao lado desses trabalhadores em greve, nos solidarizando com essa luta pela isonomia que, mais do que justa, vem acompanhada de uma luta contra a repressão aos lutadores, pelo direito de greve (que vem sendo minado pelo governo Dilma, vide a greve dos Correios), de lutar por seus direitos. Estivemos junto a esses lutadores prestando solidariedade ativa a essa greve, com cartazes de apoio e falas que mostravam que essa luta deve ser uma só, travada com aliança entre os trabalhadores e os estudantes, pois sabemos que a reitoria que ataca os salários dos trabalhadores e ataca também seu direito de greve, ao processar criminalmente 9 deles pela greve de 2010, é a mesma reitoria que ataca os estudantes. Ataca também mulheres, jovens, pobres e negros que são diariamente explorados pela terceirização, que lhes impõe a vil precarização da vida! Uma universidade onde os trabalhadores só possuem espaço para ocupar precárias condições de trabalho!

Expressão disso ocorreu ha pouco tempo quando os trabalhadores terceirizados do bandejão também paralisaram contra as péssimas condições de trabalho às quais estão submetidos. Isso mostra a real necessidade da efetivação, sem concurso público, desses trabalhadores, e da necessidade de que os trabalhadores efetivos junto ao Sindicato dos trabalhadores da Unicamp tomem para si essa luta, que significa lutar pela unidade dos trabalhadores, a exemplo das lutas que tem travado o SINTUSP!

Exigimos por isso em primeiro lugar o imediato atendimento por parte da reitoria da reivindicação da isonomia salarial, sem que isso seja um ataque futuro, como fizeram na USP, oferecendo um plano de carreira que implementava uma série de ataques contra os trabalhadores, como os que vimos na UNICAMP com G34, estágio probatório e uma série de manobras no sentido de abrir espaço para perseguições, assédio moral e repressão. Não deixaremos passar nenhum ataque e repressão que possa vir contra a greve que está em curso! Em defesa de uma real aliança operário-estudantil, contra as punições, pela isonomia salarial já, e pela efetivação sem concurso público dos terceirizados! Infelizmente na assembléia geral dos estudantes o DCE(dirigido pelo PSOL) e a direção majoritária da ANEL(PSTU) se negaram a construir um comitê em solidariedade aos trabalhadores a partir da maior assembléia estudantil do ano com mais de 150 estudantes. É preciso avançar imediatamente na solidariedade estudantil, é fundamental que o DCE, o CACH e as demais entidades aprofundem suas campanhas e coloquem todas suas forças em apoio a essa luta. Assembléias, mesas de debate e paralisações em todos os Institutos na próxima semana serão fundamentais para construir a greve estudantil em solidariedade e fortalecer uma grande e forte mobilização unificada. Seguiremos colocando nossas forças para que essa luta e triunfe!


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