Quinta 2 de Maio de 2024

Movimento Operário

A JUVENTUDE EM APOIO AOS TRABALHADORES DA PHILIPS MAUÁ

Seguir o exemplo da França e lutar contra o fechamento da fábrica!

03 Mar 2010   |   comentários

A Fábrica Philips de Mauá anunciou na última semana seu fechamento e a consequente demissão de 475 trabalhadores. Frente a esse brutal ataque os estudantes da LER-QI da Fundação Santo André, PUC e USP fomos junto a estudantes e trabalhadores independentes até a fábrica levar solidariedade ativa aos trabalhadores em luta. Também, uma delegação de trabalhadores da USP foi levar a moção de solidariedade do Sindicato de Trabalhadores da USP (SINTUSP) aos operários da Philips.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, dirigido pela Força Sindical longe de organizar uma grande luta em defesa da fonte de trabalho para mais de 400 famílias, está negociando com a patronal melhores condições de demissão (!!!), aceitando de fato os planos patronais contra os trabalhadores, reivindicando só que sejam pagas as indenizações dos demitidos. Levamos para a fábrica o exemplo dos trabalhadores da Philips francesa, que frente à ameaça de fechamento da fábrica tomaram a produção e obrigaram a patronal retroceder, mostrando que a fábrica não era improdutiva e que sem o patrão poderiam produzir muito mais.

Fomos para a porta da fábrica de Mauá para transmitir essa experiência dos trabalhadores franceses da Phillips, para dialogar com os operários para seguirem esse exemplo e também para prestar toda nossa solidariedade e nossa disposição a acompanhá-los na defesa de seus postos de trabalho. Não podemos aceitar a saída patronal de demitir os trabalhadores para manter seus lucros exorbitantes. Não aceitamos que a luta deve ser só por melhores indenizações e nos colocamos ao lado dos trabalhadores para lutar até o final pela manutenção de todos os postos de trabalho e contra o fechamento da fábrica. As burocracias sindicais – agentes dos patrões nas fileiras operárias – quebram a consciência internacionalista dos trabalhadores impedindo qualquer tipo de solidariedade, inculcando a idéia de que não podem fazer como na França pelos limites de nosso país semicolonial, dando um handicap aos patrões de seus planos antioperários. Porém é evidente a importância da articulação entre os trabalhadores franceses e os brasileiros para lutar contra os planos de uma mesma multinacional, que não tem problema nenhum em romper as fronteiras.

Como mostraram os trabalhadores da Philips da França é possível derrotar os patrões. Os estudantes da LER-QI junto com independentes continuaremos apoiando ativamente os trabalhadores em luta ou que estejam sendo atacados e fazemos um chamado ao nossos companheiros da ANEL (PSTU), para incorporar o comitê de solidariedade ativa e militante com as lutas operárias que começamos a construir na Fundão Santo Andre , mas que queremos estender a outras estruturas.

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