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Juventude

CACS PUC-SP

Primavera de Praga: por um CA militante, político e democrático

10 Dec 2006   |   comentários

A calourada este ano na PUC foi marcada não pela recepção aos calouros, mas sim pelo adiamento das aulas; para que a reitora Maura junto aos bancos e a Igreja pudesse executar seus planos de demissões e a reestruturação da universidade para torná-la lucrativa. A crise da PUC ainda continua, apesar das declarações da reitoria na F. de São Paulo dizer que estaria resolvida. O que ela não diz é que a política de 1.000 demissões nos últimos anos combinou-se a uma elevação da dívida de 80 milhões a 120 milhões, o que mostra que a culpa da crise não é de “excesso de funciionários” na universidade, mas a relação carnal da reitoria com os bancos.

A questão é que a PUC tem a contradição de ser uma universidade particular com um sistema de ensino anacrónico para os interesses do capital, ao se diferenciar das “Unesqinas” que tiveram seu crescimento favorecido pelas políticad de FHC, e continuada no governo Lula. Por isso a reitoria precisa mudar tudo, não há mais tempo para fazer essas mudanças em dose homeopáticas e indolor. Precisa de doses cavalares de ataques ou como se disse na Folha de um “choque de capitalismo” .
Porém, a reitora ao buscar dar este choque de capitalismo, encontrou no inicio do ano uma forte resistência por parte dos estudantes, que encheram o Tuca junto aos professores e funcionários, para discutir qual poderia ser a saida para a PUC. Protagonizaram uma importante luta votando uma greve e se colocando contra a tentativa da UNE (UJS /MR8) em buscar uma saída acordada pelo alto com a reitoria, e portanto com a saída imposta pelos bancos e pela Igreja.

Nós da Chapa Primavera de Praga composta por militantes da LER-QI e independentes atuamos em conjunto para que a greve avançasse e discutisse quem deveria controlar a universidade: se a reitora Maura com 6 dúzias de burocratas junto a cúria e os bancos, ou os estudantes junto aos funcionários e professores numa nova estrutura de poder na qual tomariam as decisões, colocando claramente que a universidade deve estar sob o controle de quem a faz funcionar. Isso transformaria também o caráter do próprio conhecimento produzido na universidade, colocando-o a serviço dos trabalhadores e de todo o povo pobre.

Infelizmente a greve não foi capaz de derrotar a intervenção, mas longe de ter uma postura derrotista achamos que a greve foi capaz de unificar os militantes mais combativos durante o ano. Trata-se agora de reorganizar o movimento estudantil e fortalecê-lo. E a Chapa Primavera de Praga atuamos com toda nossa energia para isso. E hoje é para nós uma vitoria que a chapa Liberta do direito, que reuniu os estudantes destes cursos que lutaram pela greve, tenham tirado a direito do CA22agosto, assim como a chapa molotov , que aglutinou os ativistas da greve e permaneceram ativos lutando depois dela, ter ganho no jornalismo se configura outra vitoria que só tende a fortalecer o M.Ee o CASS centro acadêmico de serviço social, onde finalmente o PT foi retirado quem ocupa a gestão são lutares do movimento estudantil, que aglutina em sua chapa independentes, o POR a LER-QI e o PSTU.

Curiosamente hoje no faculdade de Ciências Sociais, estes setores (PcdoB, PT e MR8) atuaram na greve para miná-la e depois de seu término nada fizeram no movimento estudantil, e assim que se abriu o período eleitoral estes levantaram a cabeça, justamente para entrar no centro acadêmico e transformá-lo em um diretório do PT. Nós da chapa Primavera de Praga nos colocamos no campo oposto desta chapa ligada ao governo e seus planos de ataques para educação. E sim nos colocamos no campo dos companheiros que lutam contra o governo e a reitoria. E os apoios que recebemos do C.A pisco Ca Benevides Paixão do jornalismo, do CA do serviço social, e da gestão eleita Liberta é fruto desta experiência de um ano todo de luta comum para mudar os rumos que a universidade segue. E para isso achamos fundamental que o CACS esteja livre do governo e com CA militante, político e democrático, que unifique os estudantes aos trabalhadores que lutam na universidade, e fora dela.

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