Palavra Operária

No segundo semestre teremos eleições em nosso sindicato e vários companheiros já se perguntaram como estará o sindicato nos próximos anos. Queremos abrir desde já a discussão das tarefas que temos pela frente e de qual sindicato precisamos.

No plano nacional o governo Lula, que está atacando os trabalhadores com a reforma trabalhista e sindical, retirando o direito de greve e em São Paulo Serra também vêm atacando diversos setores.

Acabamos de fazer uma das greves políticas mais fortes dos últimos anos.

Defendemos um sindicato militante que lute para que os trabalhadores a assumam para si a responsabilidade das principais decisões e para agirmos em cada fenómeno importante da situação nacional. Que o sindicato seja uma ferramenta que arme os trabalhadores para que ao final de cada luta, por mais imediata que seja, possam estar melhor preparados para enfrentar a burguesia e o governo.

Por isso defendemos um sindicato em que todas as decisões sejam tomadas de BAIXO PARA CIMA, forjem novos e melhores lutadores e onde possamos debater abertamente as todas as diferentes posições políticas. Alguns companheiros da diretoria do Sintusp, ao defender a independência dos sindicatos dos partidos políticos não fazem distinção entre os partidos e organizações da burguesia e os partidos operários que atuam em defesa dos trabalhadores. Nós da LER-QI defendemos que os sindicatos devem ser independentes das organizações da burguesia e, como expressamos na entrevista com o companheiro P. funcionário da Edusp, defendemos que os trabalhadores não devem fazer somente lutas sindicais mas devem se organizar em um partido político próprio dos trabalhadores para lutar contra a burguesia e o governo e entendemos que é fundamental que todos os trabalhadores conheçam as posições defendidas por estas organizações que se provam no calor da luta.

Em nossa opinião somente uma DIREÇÃO DEMOCRà TICA E COMBATIVA poderá unir os trabalhadores da USP aos outros setores que estão sendo atacados, forjar uma sólida aliança operário-estudantil e dar uma luta no interior do Fórum das Seis para que os trabalhadores da USP que são historicamente os setores mais combativos possam definir o rumo do movimento.

Depois da greve, as eleições do Sintusp serão de grande importância para avançar a um sindicato deste tipo. Por isso, é fundamental abrir um debate democrático em toda categoria , em que se expressem as distintas posições políticas sobre o programa e os representantes que devem estar no Sintusp!

Defendemos que os representantes que estejam na diretoria devem ser eleitos nas unidades a partir do debate em torno do programa que defendem delimitando claramente OS PIQUETEIROS E LUTADORES de um lado e OS FURA-GREVES de outro!

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