Sexta 17 de Maio de 2024

Movimento Operário

NECESSITAMOS DE UMA LUTA UNIFICADA!

Os professores à frente na luta do funcionalismo!

26 Mar 2010   |   comentários

O governo Serra vem ano após ano atacando todos os
setores do funcionalismo público estadual com os mesmos
planos: terceirização, precarização, arrocho salarial,
ataques à organização sindical e ao direito de greve dos
trabalhadores, repressão, perseguição política e demissões.
Não é segredo pra ninguém que a saúde, educação,
transporte e outros serviços, estão cada vez mais
sucateados e as condições de trabalho, cada vez piores.
Os professores saíram à luta esse ano reivindicando
aumento salarial de 34,3% (nada mais justo, já que estão
há mais de uma década sem reajuste), mas também
porque está insuportável as condições de trabalho em
sala de aula, porque o governo impõe dia a dia a divisão
da categoria entre professores efetivos, temporários,
eventuais, estudantes-professores, categorias P, N, F, L, O
etc. Os professores têm toda a disposição de dar um
basta nessa situação, mas essa luta não é fácil. Primeiro
porque os dirigentes sindicais da APEOESP, ligados ao PT
de Lula, não levam essa luta até o final, assinam acordos
rebaixados, não permitem a expressão dos professores
democraticamente e utilizam a heróica mobilização dos
professores para favorecer o PT e a Dilma como candidata
nas próximas eleições.

Mas essa luta também é impossível ser vitoriosa se ficar
isolada, assim como os trabalhadores do metrô não vão
lutar contra a privatização da linha 4 e das bilheterias isolados,
os trabalhadores da USP não vão lutar contra a
repressão e a perseguição ao sindicato isolados, os trabalhadores
da Sabesp não vão lutar contra as demissões
isolados e assim por diante. O governo tem o aparato do
estado e da repressão ao seu lado, tem a mídia e os
patrões para fazer sua política... e nós? O que temos?
Temos a força da nossa mobilização, temos o papel de
ser os trabalhadores que controlam tudo o que é produzido,
que transportam as pessoas, garantem que a água
chegue às suas casas e educam seus filhos. Por isso temos
que lutar de forma unificada contra o governo e seus
capachos, como Rodas na USP, Gesner na Sabesp, Portela
e Fagali nos transportes, Paulo Renato na educação, entre
tantos outros.

Por outro lado, os trabalhadores devem se unir para
superar as direções conciliadoras e retomar os sindicatos
como organismos de luta dos trabalhadores. Nós,
do Movimento Classe contra Classe, que tentamos dar
um exemplo de uma nova prática militante a partir do
Sintusp, chamamos os trabalhadores de todas as categorias
à se organizarem junto conosco, nas oposições em
suas categorias e lutarmos juntos contra o governo e
contra a burocracia sindical que não nos dá voz. Nesse
sentido, é fundamental o papel que pode cumprir a
Conlutas e a Intersindical, para organizar oposições combativas,
conseqüentes e classistas nos sindicatos e promover
a unificação dos trabalhadores na luta. Esse é
nossa chamado: construamos este ano uma grande campanha
salarial unificada do funcionalismo público estadual
(aproveitando inclusive as datas-base muito próximas)
como primeiro passo para uma unificação mais geral,
contra o governo, contra a precarização e em defesa de
nossas reivindicações!

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