Domingo 19 de Maio de 2024

Juventude

Nota sobre a reunião do Colegiado Nacional da Conlute

10 Dec 2007 | Frente à convocatória da reunião do Colegiado Nacional da Conlute para dia 10 de dezembro de 2007 na UNB, nós, da Liga Estratégia Revolucionária, que constrói junto com independentes o Movimento A Plenos Pulmões, queremos manifestar nosso acordo em linhas gerais com as notas enviadas pelos companheiros do grupo Além do Mito da UFAL, pela Conlute-UFMT e pelos companheiros de UEFS, principalmente nos seguintes pontos, com os quais concordamos e acrescentamos:   |   comentários

1 Uma reunião convocada com 4 dias de antecedência não representa apenas uma visão burocrática de como construir o movimento. Apesar das diferenças políticas que já se manifestaram diversas vezes na Conlute, é fundamental a unificação dos setores combativos do ME e acreditamos que a Conlute pode cumprir esse papel. No ENE, encontro que todos nós da Conlute reivindicamos, uma das votações que fizemos foi que as reuniões da Conlute seriam convocadas com antecedência para que se pudesse discutir nas reuniões e assembléias de base. É claro que sabemos que o PSOL não tem a mesma concepção. O problema é que a Conlute se adapte a isso pela política que vem tendo o PSTU, já que a única maneira de expressar as lutas que aconteceram ao longo desse ano seria discutir democraticamente com os setores que participaram dessas lutas e que certamente não estarão representados em seu conjunto nessa reunião, como já se expressou em diversas manifestações contrárias de setores combativos da própria Conlute.

2 As pautas que se propõe para serem discutidas nessa reunião não são tratadas seriamente. Como é possível discutir um balanço sério das lutas desse ano sem ter discutido com grande parte dos protagonistas dessas lutas? Como podemos tirar as lições mais importantes para as lutas do ano que vem? Como discutir um congresso de estudantes, seja para fundar uma nova entidade ou não, se não for se baseando nas principais fortalezas e debilidades que tiveram essas lutas? Achamos que o ME combativo deve discutir seriamente um balanço e um programa para a universidade que seja capaz de fazer frente ao discurso do governo Lula, dos governos estaduais e das reitorias. Qualquer discussão de nova entidade, de congresso ou de organização das próximas lutas por fora disso e por fora de expressar os setores que estiveram à frente das mobilizações não é uma discussão séria. Por isso reiteramos a proposta de supressão desses pontos e de convocação de uma reunião bem preparada do colegiado com antecedência para fazer uma discussão democrática.

3 Estamos assistindo, após as mobilizações, uma ofensiva repressiva das reitorias e dos governos, com reintegrações de posse nas reitorias ocupadas, sindicâncias e punições. Na USP, que esteve na linha de frente e ajudou a impulsionar uma mobilização nacional, trabalhadores estão sendo perseguidos e estudantes sindicados pela ocupação da reitoria e pela greve. Não podemos permitir isso! Aceitar a repressão agora será um golpe que pode desmoralizar os estudantes que se mobilizaram e enfraquecer nossas próximas mobilizações, enquanto que derrotar a ofensiva repressiva pode significar uma importante reorganização do movimento. Por isso chamamos todos os estudantes, as organização políticas e grupos que integram a Conlute e a Frente de Esquerda, a impulsionar uma campanha séria contra a repressão e em defesa dos lutadores nacionalmente. Não é possível fazer uma reunião do Colegiado que não discuta isso como a principal tarefa do próximo período.

Aguardamos respostas e explicações sobre o ocorrido, sobre as propostas e sobre as reiteradas manifestações de desacordo que houveram por parte de vários setores da Conlute. Esperamos que não prevaleça o silêncio do PSTU, corrente majoritária da Conlute, em relação a isso.

Artigos relacionados: Juventude









  • Não há comentários para este artigo