Segunda 29 de Abril de 2024

Juventude

Greve professores Minas Gerais

Moção de apoio do Centro Acadêmico de Filosofia da UFMG à greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais

28 Sep 2011   |   comentários

Hoje a greve de mais de 100 dias dos trabalhadores da educação em Minas Gerais marca a situação estadual e hoje é a principal luta de professores do país. O governo de Anastasia, assim como fez Aécio Neves, atenta contra a educação pública. Nega o piso de R$ 1.597 e divide os professores em efetivos e precarizados, ademais as escolas estão sucateadas e os estudantes secundaristas sofrem com o transporte caro e péssima infra-estrutura nas escolas. Tanto é que em 55% das escolas públicas, menos da metade dos estudantes sequer se inscreveram no ENEM 2010 alegando saber que não poderiam competir com estudantes das escolas particulares.

Além disso, a ditadura vive e sobrevive em Minas Gerais. O governo de Anastasia nega um direito democrático elementar, ou seja, o direito de greve. Para isso tem como aliado o desembargador Roney Oliveira, que proibiu a greve com a experiência adquirida nos anos da ditadura militar, pois foi delegado da polícia civil de 64 a 65 no Distrito Industrial em Contagem.

Mas isso não é um privilégio mineiro. Desde o começo de 2011 mais de 14 estados brasileiros passaram por grandes greves de professores ou estudantes, além disso, os funcionários das universidades federais se mantiveram em greve, apesar de serem obrigados pela justiça federal a voltarem parcialmente ao trabalho. Isso mostra que o problema é nacional e tem raízes na sistemática política de privatização do ensino adotada por Lula em seus dois mandatos e agora continuada por Dilma. Não por menos hoje mais de 75% dos estudantes do ensino superior se localizam em universidades particulares.

Por isso apoiamos incondicionalmente a greve dos professores em Minas Gerais e achamos que, assim como vem fazendo os estudantes chilenos, devemos lutar junto dos trabalhadores e estudantes de todo o Brasil. Por educação pública, gratuita e de qualidade, por verbas públicas para ensino público e 10% do PIB para a educação, por condições de trabalho que satisfaçam plenamente as necessidades do professor e pelo fim do vestibular e estatização das universidades privadas para que todos possam estudar em universidades públicas.

TODO APOIO À LUTA DOS PROFESSORES DE MINAS GERAIS!

CAFCA – Filosofia UFMG

26/09/2011

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