Palavra Operária

Ontem os funcionários terceirizados fizeram paralisação e passeata pelo campus. Eles querem que a reitoria resolva o impasse com a empresa contratada, que estaria falida, segundo o Sintusp, e sem condições de pagar os salários.

A assessoria da USP informou que a paralisação desta segunda-feira (11) terminou com uma reunião com representantes da Coordenadoria de Administração Geral, responsável pelos contratos, que informaram aos manifestantes que a universidade que irão estudar a possibilidade de fazer o depósito do salário do mês passado em juízo.

O que ocorreu, de acordo com a instituição, é que o repasse feito pela USP à empresa não pôde ser concretizado porque a prestadora de serviços está inadimplente.

Como a instituição não deu prazos aos funcionários, eles resolveram bloquear a entrada na reitoria na manhã de hoje, em assembleia realizada por volta das 7h30.

De acordo com o dirigente do Sintusp, Domenico Colacicco Neto, mesmo a proposta apresentada pela USP —de fazer o depósito dos salários em juízo— não satisfaz os manifestantes. Um advogado disse ao sindicato que, mesmo nesse caso, a empresa terceirizada seria responsável por repassar o dinheiro, o que causaria insegurança nos trabalhadores.

Procurada por volta das 11h30, a USP disse que não poderia se manifestar porque os assessores não conseguiram entrar no prédio da reitoria, onde trabalham. Os funcionários que estão no interior do prédio podem sair normalmente, disse o Sintusp.

Ontem, a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) suspendeu as aulas da unidade devido ao lixo acumulado com a paralisação dos terceirizados.

ALUNOS

Os estudantes vão se reunir hoje em assembleia geral do campus Butantã para discutir, entre outras coisas, a situação dos terceirizados, informou Colacicco Neto, do Sintusp.