Terça 30 de Abril de 2024

Movimento Operário

BUROCRACIA DA CTB(PC do B) TRAI MAIS UMA VEZ

Fim da greve da Sabesp

03 Jun 2010   |   comentários

Acabou no dia 31 de maio a greve dos trabalhadores da Sabesp, que reivindicava aumento salarial e lutava por estabilidade para os trabalhadores. O aumento salarial foi de 5,05%, que sequer cobre a inflação. Todos estes anos os acordos coletivos foram rebaixados, os salários só caíram, diversos direitos foram roubados, a exemplo do ATS, da maturidade, etc. Tudo facilitado com a atitude conciliadora da direção do sindicato (CTB/ ASS/ ArtSind).

Um verdadeiro processo de desmonte da categoria e do saneamento, de privatização para empreiteiras, uma brutal terceirização ano após ano (mais de 18 mil terceirizados e os efetivos caíram quase pela metade nos últimos 15 anos), aumentando mais a exploração dos trabalhadores. Todo este terrorismo e as milhares de demissões que estamos sofrendo na categoria, que já chegaram a mais de 2.500 trabalhadores só no último ano, são a prova de que a tal “estabilidade de 98%” dos últimos acordos coletivos (que mais uma vez se renovou), sempre defendida pela direção governista do SINTAEMA como uma vitória, na verdade só é a garantia de demissão dos 2% restantes.Temos que dar um basta nisso! Emprego não se negocia!

Nossa luta contra a burocracia sindical e a Oposição Alternativa

Junto a trabalhadores, militantes e ativistas de base, a LER-QI compõe conjuntamente com setores do PSOL e PSTU a Oposição Alternativa de Luta na Sabesp, travando uma luta contra esta burocracia sindical que segue dividindo a luta da classe trabalhadora por categorias, por empresas, fazendo tão somente as lutas economicistas, restritas a cada data-base, não travando nenhuma luta política séria contra o patronato, os governos e seus ataques.

No nosso grupo de oposição travamos também uma luta para que tiremos as lições, a partir das várias lutas que já tivemos, mas também da própria história e trajetória da CUT dentro do movimento operário, de sua burocratização, para que possamos não repetir os mesmos erros. Infelizmente temos que muitas vezes lutar contra toda uma prática e modo de militar que muitos setores de luta da esquerda (do PSOL, PCB e PSTU etc) também se moldaram, e que, embora tenham rompido com a CUT, digam defender o classismo e ser contra as burocracias, contra o corporativismo (luta por categoria), etc na prática seguem patinando na mesma prática e modo petista e corporativo de militar, nem onde tem suas oposições ou mesmo onde já dirigem grandes sindicatos. A Conlutas e a Intersindical, por exemplo, tinham a responsabilidade de, frente à luta da Sabesp, que ocorreu ao mesmo tempo que a greve da USP, Unesp e Unicamp, dos judiciários e da campanha salarial do metrô, apoiar e unificar nossa luta com outras categorias estaduais para lutarmos com mais força contra o governo Serra, que ataca a todos com demissões, terceirização e privatização.

Essa experiência, discussões, idéias e propostas são as que queremos, junto aos combativos trabalhadores da USP que tem nos dado exemplos de atuação na luta de classes, e a outras categorias, levar para o Congresso da Conlutas e mais ainda para a unificação com os setores da Intersindical. Temos que fazer um balanço claro do papel da Conlutas e da Intersindical nas lutas concretas se queremos que essa unificação seja qualitativa e ajude a avançar a luta dos trabalhadores, para não formar mais uma central burocratizada e que só se preocupa com a disputa de aparatos. Cada vez mais vimos discutindo isso com os trabalhadores, nas assembléias, nos locais de trabalho, nos nossos boletins, mostrando e lutando no sentido de barrar este divisionismo criminoso e construirmos verdadeiramente a alternativa estratégica, que pode levar nossa classe no rumo da luta conseqüente e combativa, para triunfar.

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