Palavra Operária

No Brasil de Lula, cerca de 10 mil mulheres estão sendo perseguidas pela justiça burguesa em Campo Grande por serem vítimas da ausência de acesso ao aborto legal, seguro e gratuito. Milhares de mulheres morrem todos os anos por conta de abortos clandestinos, e muitas outras permanecem com sequelas para o resto de suas vidas, sobretudo as trabalhadoras e pobres. Mais de 260 recém-nascidos morreram desde o começo do ano no Pará por péssimas condições de higiene e superlotação dos hospitais públicos. Ninguém se responsabiliza por todas essas mortes, mas mesmo assim a Igreja e a direita se dizem "em defesa da vida" e seguem com sua campanha reacionária contra o direito ao aborto, tendo como aliada Heloísa Helena do PSOL.

É urgente uma ampla campanha em defesa do direito ao aborto. Como parte das atividades do dia 28 de setembro, Dia de luta pelo direito ao aborto na América Latina e no Caribe, nos propomos a lutar junto às organizações de esquerda, feministas, operárias, da juventude e de direitos humanos para acabar com todas as formas de violência sobre a mulher e por isso dizemos que estar contra o direito ao aborto, não é estar a favor da vida, e sim a favor do aborto clandestino. Por isso, exigimos:


– Educação sexual em todos os níveis educativos de conteúdo científico, médico e preparado pelas organizações de mulheres e profissionais que trabalham o tema sem nenhuma intervenção das instituições clericais

– Distribuição massiva de contraceptivos, assim como o orçamento necessário para ampliar o atendimento ginecológico no âmbito público.

– Legalização e descriminalização do aborto para evitar as mortes de mulheres pobres e sem recurso, e para permitir que as mulheres possam exercer o direito de decidir sobre seu próprio corpo.

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