Sexta 3 de Maio de 2024

Movimento Operário

Denúncia: ameaças contra militante da LER-QI em metroviários!

29 Apr 2012   |   comentários

Neste mesmo Congresso dos Metroviários, fez parte de nossa tese uma discussão sobre o corpo de segurança no Metrô. Defendemos que a segurança seja treinada e controlada pelo sindicato, cumprindo um papel de segurança operacional e aliada à população, justamente para fazer frente à política do governo e da empresa de treinar a segurança para que cumpra um papel de repressão à população, baseado numa parte da lei 6149/1974, que diz que a segurança do Metrô tem poder de polícia em suas dependências.

Essa discussão gerou polêmica e fez com que setores da segurança se organizassem para votar uma moção de repúdio à nossa tese. Independente dos desacordos com as posições políticas, consideramos um erro grave que setores da diretoria do sindicato, principalmente os ligados ao PSTU, tenham apoiado essa moção, pois esse é um método alheio à tradição do movimento operário do qual fazemos parte e consideramos que o PSTU também faz. Divergência política se trata com discussão e não com moções de repúdio.

Consideramos que isso foi o que abriu espaço para que os setores minoritários e reacionários da segurança se sentissem à vontade para fazer comentários provocativos e machistas à nossa companheira Marília, que foi delegada no Congresso e defendeu nossa tese. Essa situação chegou ao ponto de a companheira receber ameaças telefônicas anônimas no telefone do próprio Metrô, em seu turno de trabalho, dizendo “se prepara que vem chumbo”, além de xingamentos machistas.
Esse é um ataque não somente à nossa companheira ou à nossa organização, mas é um ataque anti-operário e anti-sindical, pois esses setores reacionários são os mesmos que se colocaram contrários ao apoio que o sindicato dos metroviários corretamente deu aos lutadores da USP ou do Pinheirinho. É necessária uma campanha do sindicato em seus jornais e boletins pela democracia operária e contra qualquer ameaça ou perseguição à companheira Marília. O Congresso da CSP-Conlutas também deve votar uma moção de repúdio a essas ameaças, defendendo a mais ampla democracia operária.

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