Palavra Operária

• 

Entre os dias 06 e 13 de novembro a direção da Sabesp demitiu cerca de 150 trabalhadores/as em todo o estado. A empresa pretende alcançar um número de aproximadamente 320 demissões, que representaria 2% de toda a categoria!
Desde o início do ano, já haviam sido demitidos mais de 800 trabalhadores, totalizando então, até presente data (14/11/09), cerca de 950 demissões (mais de 5% da categoria!!).
Essa política não ocorre somente na Sabesp, sob a presidência de Gesner de Oliveira. Não é segredo que o governo Serra tem tido uma política repressiva para todas as categorias do estado, com demissões de sindicalistas, ataque ao direito de organização sindical dos trabalhadores e perseguição aos ativistas. Os exemplos da demissão do sindicalista Brandão na USP, Dirceu Travesso na Nossa Caixa, e dos metroviários em 2007, mostram claramente essa política, que na USP foi acentuada com uma brutal repressão da polícia militar à greve dos trabalhadores, estudantes e professores, com militarização da universidade.
Agora, na Sabesp, a maior empresa de saneamento do país, que atende quase a totalidade dos municípios no estado de São Paulo, Serra, junto com seu representante Gesner, mais uma vez desfere um ataque brutal aos servidores, dando sequência ao seu projeto de desmonte e privatização dos serviços públicos do estado.
Basta de demissões! Basta de repressão!
Nos solidarizamos com a luta dos trabalhadores da Sabesp contra as demissões, exigindo readmissão imediata dos demitidos e nenhuma demissão a mais!

Oposição Alternativa de Luta – Sintaema.
São Paulo, 14 de novembro de 2009.

Chamado da Oposição Alternativa de Luta (Sabesp, Cetesb, Saned, etc) à Conlutas e Intersindical.

Companheiros/as,

Como já deve ser do conhecimento de todos, a direção da Sabesp, a mando do governo Serra, iniciou na última semana uma nova onda de demissões em massa na SABESP, que já atinge cerca de 150 trabalhadores e pode chegar a mais de 300 trabalhadores/as.

No inicio do ano (fevereiro) já haviam sido demitidos outros 304 trabalhadores/as e logo depois mais 500 trabalhadores aposentados. Portanto, somente neste ano, o governo Serra e seu representante e presidente da Sabesp Gesner de Oliveira, demitiram mais de 950 trabalhadores/as (mais de 5% da categoria!!).

Mas não podemos deixar de lembrar e denunciar aqui, que tudo isso que passamos é conseqüência também da tremenda irresponsabilidade desta direção do nosso sindicato (CTB/CUT/ASS), que há anos vem fazendo corpo-mole, e vista grossa, permitindo uma série de ataques da empresa e do governo, sem nem sequer organizar ou mobilizar a categoria para que pudéssemos nos defender ou enfrentar os ataques da patronal e do Serra. Este ano, como fizeram nos últimos, assinaram um acordo coletivo com a direção da empresa, contendo uma cláusula absurda, que prevê “98% de estabilidade”, mas que na prática significou garantia de demissão de 2% da categoria!!!

Essa política não ocorre somente na Sabesp. Não é segredo pra nós que o governo Serra tem tido uma política repressiva para todas as categorias do estado, com demissões de sindicalistas, ataque ao direito de organização sindical dos trabalhadores e perseguição aos ativistas. Os exemplos da demissão do sindicalista Brandão na USP, Dirceu Travesso da Nossa Caixa, e dos metroviários em 2007, mostram claramente essa política, que na USP foi acentuada com uma brutal repressão da polícia militar à greve dos trabalhadores, estudantes e professores, com militarização da universidade. Também o MST vem sofrendo uma brutal repressão do governo estadual e nacionalmente, com o apoio explícito da mídia burguesa.

Frente à isso sabemos que as direções sindicais governistas e pró-patronais mais uma vez não vão travar nenhuma luta séria contra esses ataques. Depende do setor combativo de cada uma dessas categorias, junto à Conlutas e a Intersindical, unificar os trabalhadores para fortalecer a luta em todo o estado. Por isso, consideramos necessária e urgente a convocação de uma reunião estadual da Conlutas, Intersindical, chamando todos os setores combativos dos trabalhadores e movimentos sociais que vem sofrendo repressão, como o MST e MTST, para lutar conjuntamente contra os ataques, as demissões e a repressão.

Chamamos todos os sindicatos e oposições que fazem parte da Conlutas e da Intersindical a se somar à organização e convocação dessa reunião.

Saudações classistas,

Oposição Alternativa de Luta – Sintaema.

São Paulo, 14 de novembro de 2009.

Artigos relacionados: Movimento Operário , São Paulo Capital