Segunda 29 de Abril de 2024

TODO APOIO À GREVE DOS PROFESSORES DE MINAS GERAIS!!!!

Moção de apoio da diretoria do Sintusp à greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais

19 Sep 2011   |   comentários

Há mais de 100 dias em greve, os professores da rede estadual de Minas Gerais resistem aos ataques do governo tucano de Anastasia, que, assim como o governo do Estado de São Paulo, tem uma política de precarização e privatização do ensino, deixando professores e estudantes em péssimas condições de trabalho e estudo.

Apoiamos incondicionalmente a greve de professores e repudiamos o corte de pontos, a tentativa de contratação de professores como medida anti-greve e a mais recente decisão do desembargador Roney Oliveira, que volta a seus tempos de policial nos anos de chumbo em nosso país, para declarar que a greve de professores seria ilegal.

Contra essas figuras retrógradas lutamos pelo direito de greve de todos os trabalhadores e contra o corte de pontos que conseguimos derrotar durante a greve da USP em 2010 e que a patronal e o governo sempre tentam utilizar para impedir nossa luta.

Também repudiamos a repressão aos professores, que na sexta-feira passada manifestavam sua indignação na Praça da Liberdade onde ocorria o lançamento do relógio da Copa de Dilma e Anastasia que, na verdade, contam regressivamente os dias para mais desocupações de movimentos populares, e mais privatizações como tentam fazer com os Correios e mais acidentes de trabalho que mantêm o trabalho escravo como regra em nosso país.

Neste momento em que ocorrem ocupações estudantis em universidades federais por todo o país, a luta de professores da rede estadual de Minas, dos servidores das universidades federais e a greve nos Correios devemos unificar nossas forças.

Desde a USP, travamos há anos uma luta contra o projeto tucano no estado que quer privatizar a universidade, atacando os trabalhadores e tentando impor na USP uma gestão empresarial nas condições de trabalho e ensino. Isso se expressa na precarização do trabalho que divide os trabalhadores entre efetivos, temporários e terceirizados e desempregados e, por isso, lutamos contra a terceirização e, neste ano mais uma vez lançamos nossas forças na greve das trabalhadoras terceirizadas da empresa de limpeza União quando essas heróicas trabalhadoras puderam impedir abusos da empresa contra suas condições de trabalho e levantaram junto a esta luta a necessidade do fim da terceirização com a efetivação imediata sem necessidade de concurso público e a necessidade de que todos os trabalhadores recebem um salário digno como o salário mínimo do Dieese. Na categoria de professores, em Minas e nacionalmente, a precarização se expressa em metade de suas fileiras com professores precarizados que vivem em condições ainda piores que os professores efetivos que sofrem com longas e extenuantes jornadas de trabalho.

Nesta luta, os estudantes são nossos aliados, por isso devemos somar forças contra o sistema de ensino altamente elitizado e pelo direito de que todos possam estudar. Lutamos pelo fim do filtro social do vestibular, a estatização das universidades e escolas particulares como parte de uma grande luta nacional pela educação pública, gratuita de qualidade e a serviço dos trabalhadores.

Estamos junto aos professores em greve pela implementação da lei nacional do piso, contra o corte de pontos, pelo direito de greve e contra a repressão da polícia racista de Anastasia contra professores em luta. Avante companheiros, avancemos numa grande luta pela educação pública, gratuita de qualidade e a serviço dos trabalhadores!

Diretoria Colegiada Plena do Sindicato dos Trabalhadores da USP, 19/09/2011

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