Domingo 28 de Abril de 2024

Lutar junto aos trabalhadores efetivos e terceirizados contra a repressão na Unesp

20 Dec 2007 | Chico Curió é estudante de biologia da UNESP-Rio Claro e militante da LER-QI   |   comentários

Assim como em todo o país, na Unesp o processo de repressão também avança. O governo estadual, reitoria e diretorias não pouparam esforços em utilizar de seus cães-de-guarda quando foi necessário. Em Araraquara, a Tropa de Choque invadiu o campus e retirou com armamento pesado em punho estudantes que lutavam contra os decretos do governador Serra. Nas próximas férias, câmeras e catracas nos campi da Unesp já estão anunciadas para o ano de 2008 pelo reitor Macari. Além do movimento estudantil, a reitoria e as diretorias também não poupam seus ataques aos trabalhadores. Na Unesp de Rio Claro , em que todo o setor de limpeza é terceirizado, com os funcionários ganhando pouco mais de 1 salário mínimo, nessa semana 9 trabalhadoras terceirizadas da limpeza pararam por dois dias por estarem com o salário atrasado.

Frente a toda essa situação, o movimento estudantil da Unesp e Fatec passa por um interessante processo de reorganização. Após um longo período sem um instrumento que conseguisse coordenar nossas lutas e responder com um só punho aos ataques da reitoria, começa a ser reconstruído nosso DCE, composto com delegados mandatados das assembléias em cada campi e revogáveis. Porém, para que esse consiga ser um real instrumento de luta dessa Universidade que está espalhada por mais de 26 cidades e que pode cumprir um papel importante no interior de São Paulo em conjunto com os trabalhadores, precisaremos antes de mais nada nos armar politicamente frente aos ataques dos governos e reitorias

Essa tarefa passa, antes de mais nada, por impulsionar uma campanha conseqüente contra a repressão. Para barrar as câmeras, catracas, demissões de terceirizados e todo o processo de precarização e privatização anunciado para o início do ano que vem, apenas uma saída: buscar a aliança com os trabalhadores, efetivos e terceirizados e impulsionar uma grande campanha contra a repressão e em defesa dos terceirizados. Esse é o primeiro passo na luta contra os ataques dos governos e reitorias às universidades e para lutar por uma universidade a serviço dos trabalhadores. Bom ano novo Sr. Macari. O senhor vai precisar.









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