Sexta 29 de Março de 2024

Nacional

No segundo turno

Voto nulo em defesa da independência de classe

10 Oct 2004   |   comentários

No primeiro turno chamamos os trabalhadores e a juventude a se colocarem contra os patrões, o governo Lula, o PT e o PC do B. Denunciamos as eleições como o terreno da burguesia e chamamos o voto crítico no PSTU porque, apesar de defendermos um programa que esse partido não defende, é o partido de maior visibilidade nacional que expressa a independência de classe. Apesar da baixa votação que teve o PSTU, mostrando não ser uma alternativa real para os trabalhadores e a juventude, a luta para que os trabalhadores avancem na sua independência de classe ’ não votando no PT nem em partidos burgueses ’ e em sua experiência com o PT, precisa se amplificar no segundo turno.

Agora, devido à inexistência de uma alternativa partidária de massas no país, no segundo turno a disputa fica restrita a justamente aqueles que chamamos a se colocar contra no primeiro turno. O PT e o PSDB, que de formas diferentes são os principais promotores dos ataques da burguesia à classe trabalhadora, são os partidos que entram com maior força no segundo turno. Nenhuma ilusão nesses partidos! Votar nestes ou em qualquer outro candidato burguês ou governista que se apresenta é um voto que fortalece a democracia dos ricos e impede que os trabalhadores avancem em sua independência política.

Esses votos de protesto contra o governo Lula não podem agora fortalecer um carrasco aparentemente mais “democrático” ou com uma máscara mais “social” . A verdade é que agora são todos candidatos da burguesia em uma queda de braço para ver qual partido terá mais prefeitos e vereadores para sufocar os trabalhadores com mais desemprego e baixos salários. Todos esses partidos estão com os olhos nas eleições presidenciais de 2006 e cada prefeito e vereador eleito fortalece os partidos burgueses para as próximas eleições. Nenhum voto de confiança nesses partidos!

Denunciamos a política escandalosa do PSOL de apoiar candidaturas burguesas, chegando ao cúmulo de “namorar” o PDT, um partido burguês, com a ida de João Fontes para esse partido. Heloísa Helena não hesitou em chamar de “companheiros” os seguidores de Brizola. O PSOL continua sem limites para a sua política de conciliação, e na tentativa de manter sua aparência “vermelha” é obrigado a pintar a candidatura de Luizianne Lins, em Fortaleza (CE), militante da Democracia Socialista, como uma candidatura “socialista” . Luizianne e a DS já mostraram seu oportunismo e a conciliação com o governo Lula implorando o apoio de Lula no primeiro turno. Agora, no segundo turno, dão um passo à frente e de mãos dadas com Lula vão tentar se apresentar como alternativa de esquerda. Essa política do PSOL e da DS é parte da estratégia de manter “um pé em cada canoa” . Por um lado, como DS, sustenta o PT e o governo, e, por outro, de “fora” como PSOL, faz um discurso “crítico” .

Cada votante do PSTU (e do PCO) precisa redobrar seus esforços e fazer uma campanha unificada com os setores mais amplos possíveis pelo voto nulo em defesa da independência de classe, contra o PT, o PCdoB e os partidos burgueses!

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