Quinta 25 de Abril de 2024

Nacional

Venha para o bloco “Por um 1º de Maio contra a precarização e pela efetivação dos terceirizados. Somos todos José Ferreira da Silva”

01 May 2011   |   comentários

1º de Maio classista, democrático e antiimperialista

Neste 1º de Maio, mais uma vez, veremos CUT, Força Sindical, CTB e todas as demais centrais sindicais patronais e governistas organizando festas, distrações e distribuições de “prêmios”. Um verdadeiro circo para enganar os trabalhadores e encobrir a superexploração que os trabalhadores terceirizados, da construção e precarizados das fábricas e serviços vivem diariamente. O mundo real foi mstrado pela “rebelião dos peões” em Jirau, Suape e norte fluminense, e pelos terceirizados e terceirizadas da USP.

Esses dirigentes sindicais burocráticos, vendidos, que estão de barriga cheia com cargos nos sindicatos, centrais, organismos dos governos e legislativos renegaram a história de luta deste Dia do Trabalhador. Como os velhos pelegos da época da ditadura agora fazem festas e palanques com os patrões e políticos burgueses. Fazem parte do “partido dos exploradores” que enganam com demagogias para garantir os lucros dos capitalistas em troca de receberem migalhas como privilégios sociais.

Mas também haverá alternativa classista, combativa e internacionalista que retoma as tradições do Dia Internacional de Luta dos trabalhadores. Na assembléia dos trabalhadores terceirizados da União (veja sua luta nesse jornal) foi aprovado constituir o bloco “Por um 1º de Maio contra a precarização e pela efetivação dos terceirizados. Somos todos José Ferreira da Silva”, em homenagem ao terceirizado que morreu trabalhando na USP e até o momento não há qualquer punição dos responsáveis nem indenização aos familiares. Em assembléia os trabalhadores efetivos da USP aprovaram se incorporar a esse bloco, assim como também os estudantes e apoiadores reunidos no Comitê contra a Terceirização e pela Efetivação.

Nesse 1º de Maio, na Praça da Sé, estaremos ao lado desses trabalhadores, estudantes e professores da USP, empunhando as bandeiras da unidade das fileiras operárias, pela efetivação de todos os terceirizados do país, por salário, emprego e direitos iguais para trabalho igual, contra as demissões em Jirau e nas obras do PAC, pela unidade entre trabalhadores efetivos e terceirizados, estudantes, professores e intelectuais. E não deixaremos de seguir o combate para que a CSP-Conlutas e as correntes de esquerda tomem iniciativas concretas para organizar uma campanha nacional pelos direitos humanos e democráticos, exigindo o fim da impunidade aos torturadores, mandantes e financiadores empresariais dos crimes da ditadura militar, a abertura dos arquivos do regime militar, apuração, julgamento e punição de todos os criminosos que vivem livres nos órgãos do governo (ABIN, Gabinete Militar da presidência da República, polícias civis e militares) que continuam atuando para vigiar, perseguir e preparar processos e criminalizações contra os lutadores sindicais, populares e estudantis, nas instituições como as universidades (que mantêm seus serviços de informações para rastrear e perseguir os que lutam em defesa da educação pública e gratuita para todos) que continuam processando estudantes, professores e funcionários (há anos lutamos contra a reitoria, o governo tucano e a justiça paulista pela reintregração do dirigente do Sintusp Brandão, contra os diversos processos criminais que atingem dirigentes desse sindicato combativo e os vários processos contra estudantes que lutaram pela moradia e contra a invasão policial), contra a repressão aos que lutam, exigindo o arquivamento incondicional e imediato de todos os processos contra os lutadores sociais do movimento sem terra, sem moradia, sindical, estudantil e os 13 presos no Rio de Janeiro que se manifestaram contra a presença de Obama.

Também estaremos nesse dia de luta operária combatendo contra a intervenção imperialista na Líbia, na África do Norte e no Oriente Médio, que em nome de “ações humanitárias” pretendem garantir o domínio colonialista contra esse povo historicamente oprimido. Assim a intervenção imperialista – apoiada até mesmo por setores de esquerda – pretende esconder seus objetivos de rapina e opressão contra nossos irmãos da região do Magreb, tentando utilizar o legítimo repúdio do povo líbio e do mundo inteiro contra a ditadura de Kadafi – um dos principais aliados desse imperialismo nas últimas décadas, com suas medidas de privatização e superexploração dos trabalhadores e do povo líbio. Da mão do imperialismo estadunidense, francês, ingês e europeu não pode vir qualquer liberação do povo líbio, árabe e norte-africano. A queda de Kadafi e de todos os ditadores da região deve ser obra de ações independentes, combativas e revolucionárias das massas trabalhadores e oprimidas, sem qualquer confiança nas burguesias locais e no imperialismo. A Otan (EUA, França, Alemanha, Inglaterra) ataca a Líbia mentindo que está defendendo os civis dos ataques de Kadafi mas nada faz contra o seu aliado Bashar Al Saad, da Síria, que todos os dias reprime e mata dezenas de manifestantes que exigem liberdades democráticas.

Estando num dos principais países da América Latina os trabalhadores e a esquerda brasileira não podem se calar diante do reacionário processo de restauração capitalista que Fidel, Raul Castro e a burocracia do PC cubano e das forças armadas acabaram de aprovar no VI Congresso, em Havana. As medidas do plano chamado de “Alinhamentos” busca enterrar todas as conquistas da revolução cubana, abrindo a economia para o capital estrangeiro e as empresas privadas, preparando demissões de quase um milhão de trabalhadores, retirando direitos conquistados na saúde, educação, moradia e alimentação. A burocracia castrista, apoiada por Hugo Chavez, correntes e intelectuais do PT, PCdoB e PCB e o governo brasileiro que busca “aproveitar as vantagens da restauração capitalista”, pretende implementar nos próximos anos um planoe econômico e político, negociado com a Igreja Católica e setores do imperialismo, que fará Cuba retroceder dos avanços conquistados pela expropriação da burguesia e ruptura dos tratados imperialistas. Neste 1º de Maio cumpriremos nossa obrigação militante, classista e internacionalista de defender a Revolução Cubana, suas conquistas sociais (a propriedade estatizada), combatendo o plano castrista de restauração e defendendo a revolução política para garantir as conquistas revolucionárias, revisar os planos burocráticos de privilégios para os dirigentes do partido único, do Estado e das forças armadas e implementar medidas de planificação democrática e democracia operária, como a liberdade e legalização dos partidos que defendam a revolução, organismos de luta e democracia dos trabalhadores e das massas para decidir sobre tudo, eliminar os privilégios dos burocratas sindicais e políticos (expulsá-los do poder) e combater a desigualdade salarial e social imperante em Cuba, tarefas básicas para barrar o caminho que os Castro preparam para reintroduzir o capitalismo em negociação com a Igreja Católica, o imperialismo norte-americano e os guzanos (emigrados de Miami).

Não deixaremos de brindar o ressurgimento da classe operária boliviana que nas últimas semanas impuseram greve geral e manifestações combativas contra o governo Evo Morales que se desmascarou como um agente dos negócios capitalistas, não deixando de reprimir as manifestações operárias e populares.

Um Primeiro de Maio que a esquerda deveria aproveitar para preparar as lutas

Infelizmente, mais uma vez, a esquerda organizará um 1º de Maio sem encarar esses fatores essenciais da realidade nacional e internacional. Pela convocação que publicaram pretendem mais uma vez repetir uma missa às 9 horas da manhã (a CUT e toda a pelegada também farão uma missa) e um ato a partir das 10h30min sem eixos políticos classistas, democráticos e antiimperialistas. Diversas categorias estão em campanha salarial mas o 1º de Maio passará distante da preparação desses momentos de luta que exige unir e coordenar diversos setores em São Paulo, como trabalhadores da USP, Unesp e Unicamp e professores da rede pública, por exemplo.
A esquerda que se diz antigovernista não se prepara para combater a posição reacionária do governo Dilma, do PT, do PCdoB, da CUT, da UNE e da intelectualidade reformista que se cala diante das agressões e assassinatos contra as mulheres, os homossexuais, negros e nordestinos que são realizadas pelos grupos nazi-fascistas impunemente.
Nesse 1º de Maio convocamos todos os jovens, estudantes, trabalhadores, professores, intelectuais e amigos que se colocam ao lado da luta dos trabalhadores terceirizados e da classe trabalhadora em sua luta por emprego, salários, direitos e liberdades democráticas.contra os planos econômicos dos governos Alckmin, Kassab e Dilma que nos reservam elevação do custo de vida, precarização, sucateamento da educação, da saúde e do transporte e repressão policial. Venha conosco!

1º de Maio
Praça da Sé

CONCENTRAÇÃO: 9 horas
Páteo do Colégio

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