Sexta 19 de Abril de 2024

Juventude

Venha fortalecer o Comitê de Luta Contra a Terceirização e pela efetivação dos terceirizados

29 Apr 2011   |   comentários

Como dizemos em outros artigos, para além da conquista do pagamento dos salários e direitos dos terceirizados da empresa União (só falta os 40% de multa do FGTS e por isso segue a luta), há uma conquista que é estratégica que é a abertura amplíssima de um debate sobre a necessidade de lutar pelo fim da terceirização e efetivação dos terceirizados sem concurso público. Muitos acham que esta é uma utopia inalcançável, mas recentemente, na Argentina, os ferroviários conseguiram impor com muita luta a efetivação dos 2 mil terceirizados, o que estimulou essa luta em todo o país. Queremos que a USP cumpra o papel no Brasil dos ferroviários.

Com o objetivo de dar prosseguimento ao apoio aos trabalhadores da União e todos os terceirizados que queiram lutar, e para assumir a tarefa de lutar seriamente pela efetivação, foi construído um comitê para dar continuidade a essa luta.

Nas duas primeiras reuniões estiveram presentes dezenas de estudantes, além de trabalhadores terceirizados, efetivos e diretores do Sintusp. As reuniões vem tendo discussões políticas, tanto sobre a terceirização, quanto sobre o projeto de universidade que ela faz parte, para que nossa luta também avance para um questionamento da estrutura de poder que mantém a USP não somente como uma universidade anti-democrática e a serviço dos capitalistas, mas com um regime de semi-escravidão para 4 mil trabalhadores.

Estamos organizando uma série de ações, passagens em sala de aula com terceirizados em várias unidades da USP, participando das ações dos terceirizados, divulgando para outros terceirizados a luta da União e chamando-os a se organizarem e vamos agora impulsionar um blog, cartazes, panfletos para ampliar o comitê e essa luta em toda a USP. Além da FFLCH, que é onde a luta da União teve mais impacto, já estão participando dessa luta estudantes da ECA, Educação, Direito, EACH, Veterinária, Geologia e outros cursos. Essa articulação feita de forma anti-burocrática, que é algo novo na USP que está impregnada por um movimento estudantil burocrático e afastado da base dos estudantes, coloca condições concretas de sermos vitoriosos nessa luta e de avançarmos para derrotar o projeto privatista de Rodas e o governo do estado que querem fechar cursos como na EACH, reprimem o Sintusp e o movimento estudantil, demitem 270 trabalhadores efetivos ilegalmente e uma série de outras medidas que temos que unir forças para combater.

Chamamos a todos os estudantes, trabalhadores efetivos, terceirizados e professores a fortalecer o comitê, que se reunirá todas as quartas-feiras, às 18:00, na história (USP). Também chamamos a todas as entidades estudantis e correntes políticas que se colocam nos discursos contra a terceirização, a impulsionar conosco o comitê na prática, pois até agora estas tem sido ausentes dessa luta que vem entusiasmando muitos estudantes.

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