Palavra Operária

Os trabalhadores da Unesp estão protagonizando uma importante greve e mostrando sua força junto à USP e Unicamp. No fechamento dessa edição, já eram 12 unidades da UNESP em greve, com piquetes e trancamento dos portões em lugares como São Jose do Rio Preto, Rio Claro e Marilia, nos quais o Movimento A Plenos Pulmões e o Grupo Pão e Rosas vem sendo parte ativa junto a estudantes independentes.
Em Marilia, no dia 12/05, numa assembléia muita expressiva, decidimos por unanimidade aderir à greve e nos organizamos para dialogar com as demais categorias e com a sociedade a partir da defesa da universidade pública. Nossa greve tem como eixo central a recuperação da isonomia salarial e a defesa do direito de greve e tem avançado para preocupações políticas muito importantes, como a questão da terceirização e a aliança com os estudantes.
Para nós, trabalhadores, é muito importante que os estudantes de Marília sejam tão ativos na aliança conosco e por isso votamos apoio à ocupação em uma grande assembléia e um trancaço no campus. Ficamos contentes ao ver que há uma série de estudantes que conquistaram em sua greve a abertura do Restaurante Universitário no período noturno, mas se mobilizam para impedir que a conquista deles não se transforme em um ataque a nós trabalhadores, dividindo-nos entre trabalhadores efetivos e terceirizados, precarizando salários e as condições de trabalho.
Chamamos os trabalhadores da Unesp a fortalecer ainda mais essa aliança em todo o estado para impor nossas demandas e avançar ainda mais no nosso programa.

Artigos relacionados: Movimento Operário , Marília