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Sem salários e sem bolsas, esquenta a Crise na UERJ

20 Jan 2015   |   comentários

A crise da UERJ ganhe a cada dia novos capítulos, mas também novos atores na luta contra sua precarização.

A UERJ tem ganhado destaque na mídia burguesa e nas redes sociais desde a greve das terceirizadas da Construir em dezembro. A última notícia, publicada dia 16/01 no Dia é mais um retrato do descaso com que estudantes, professores e trabalhadores vão ter que se enfrentar daqui em diante nesta crise pela qual a universidade está passando.

Na mesma semana em que estudantes de engenharia faziam provas sem camisa, em protesto contra a falta de ar-condicionado, ação que foi repetida por estudantes da unidade FFP de São Gonçalo num “bikinaço”, uma denúncia anônima Aparelhos surge nas redes sociais e na imprensa burguesa, de que aparelhos de ar-condicionado estavam este tempo todo estocados em uma despensa ao lado do bandejão, na unidade Maracanã

A assessoria da universidade informou ao jornal que pretende instalá-los em todos os campi “o mais breve possível”. Não é preciso ser nenhum gênio para entender porque os equipamentos ainda não estão em uso, já que em dezembro os trabalhadores terceirizados da empresa Navelle, que fazem a manutenção na UERJ, estavam há 2 meses sem receber salários e vale-transporte, tendo que pagar o transporte do próprio bolso para ir trabalhar de graça.

Se REItoria da UERJ não pôde pagar estes trabalhadores, que são os responsáveis pela manutenção dos elevadores e a toda a instalação elétrica da UERJ, está mentindo quando diz que irá contratar um serviço para instalação dos ar-condicionados “o mais breve possível”. Ao não pagá-los, a REItoria é responsável pelas quedas de energia que ocorrem todos os dias na UERJ, assim como terá que ser responsabilizada caso os elevadores que usamos todos os dias parem de funcionar.

REItoria e Pezão, que estão juntos na precarização da UERJ, são responsáveis tanto pela falta dos ar-condicionados quanto por não pagar a bolsas de pesquisa e auxílio, não pagar os residentes do HUPE, por não pagar os salários dos professores, da manutenção, dos terceirizados da Construir que estão novamente sem receber e trabalham na limpeza e dos seguranças patrimoniais terceirizados da Dinâmica. Com os cortes de 25% de Pezão, o atraso e o não pagamento vão acontecer todo mês.
Terceirizados e professores sem salário, estudantes sem bolsa.

Estamos chegando ao fim de um janeiro escaldante na UERJ, sem as bolsas de pesquisa, auxílio e cotas. Os professores estão trabalhando sem receber, e também os terceirizados estão sem receber novamente. O último prazo dado pela burocracia acadêmica foi a apartir do dia 17/01, e até agora nada de bolsa.

Vieiralves e a burocracia acadêmica mentem: não vão resolver a crise orçamentária da UERJ “o mais breve possível”. Pelo contrário, são representantes dentro da UERJ dos cortes de 25% que Pezão anunciou para todas as pastas, saúde, educação, transporte etc, exceto segurança aonde promete expandir o legado de Cabral com as UPPs. Por causa disso, todo mês será de atraso e não pagamentos dos salários e bolsas por um lado, e de falsas promessas e mentiras da REItoria por outro.

Quando ficar claro para os estudantes, trabalhadores e professores, que o dinheiro não está vindo de lugar nenhum, Vieiralves irá mandar fechar a UERJ novamente, como fez em dezembro? Estes cortes refletem no nosso dia-a-dia, na falta de luz, de condições para estudo, aprofundam a precarização da UERJ. O atraso das bolsas faz com que estudantes sejam impedidos de assistir suas aulas por não ter condições de pagar o transporte.

Por isso fazemos um chamado ao DCE e aos Centros Acadêmicos que hoje são construídos pela esquerda, como CAHIS, CAGEO, DALB, CACIS e aos demais CAs à mobilizar os estudantes nas bases, se preparando para multiplicar estes protestos e iniciativas dos estudantes que têm aparecido na mídia, contra a precarização da UERJ, na perspectiva de construir uma forte greve em unidade com os professores e os trabalhadores (efetivos e terceirizados) da UERJ, com assembléias contra as medidas de arrocho e pelo imediato pagamento das bolsas e salários.

A aliança dos estudantes com os professores e trabalhadores da UERJ, será fundamental para construir as lutas esse ano, por isso também chamamos à construir esta mobilização ASDUERJ e o SINTUPERJ para se somar as iniciativas de lutas chamadas pelo ME.

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