Quinta 25 de Abril de 2024

Movimento Operário

Eleições para o V Congresso da Federação Nacional dos Metroviários

Se fortalece uma alternativa “Sem Arrego” nos metroviários de SP

06 Sep 2014   |   comentários

As eleições ocorreram num cenário na categoria marcado pelo pós greve e a imposição do Governo Alckmin de 42 demissões. Para deslegitimar uma das maiores lutas dos metroviários, correntes ligadas ao Governo Federal, como o PT e PC do B, a partir da agrupação Unidade e Luta soltaram materiais e lançaram velhos caudilhos sindicais que difundem na categoria o discurso das chefias, dizendo que a responsabilidade da derrota é fruto da radicalidade dos (...)

As eleições ocorreram num cenário na categoria marcado pelo pós greve e a imposição do Governo Alckmin de 42 demissões. Para deslegitimar uma das maiores lutas dos metroviários, correntes ligadas ao Governo Federal, como o PT e PC do B, a partir da agrupação Unidade e Luta soltaram materiais e lançaram velhos caudilhos sindicais que difundem na categoria o discurso das chefias, dizendo que a responsabilidade da derrota é fruto da radicalidade dos piquetes e dos “excessos da greve”, e não da truculência e repressão imprimidas pelo tucanto em SP para viabilizar a realização da Copa do Mundo.

Por outro lado, a atual Diretoria do Sindicato, com o PSTU e PSOL a frente, pela ausência de um trabalho orgânico na base da categoria durante todo o último período, o que só aumentou assustadoramente depois da greve, se mostra incapaz de responder essa política da burocracia sindical, que exige um forte trabalho na base para não permitir que a derrota da greve leve a categoria a ficar na defensiva e tirar conclusões pela direita.

Prova disso, que Altino, presidente do Sindicato dos Metroviários e do PSTU, não foi eleito na sua base no Trafego da Linha 1. Pelo contrário, obteve uma votação baixíssima com 89 votos, ficando em quinto lugar na sua área. Contrariamente ao que Altino diz e escreve de que somos “um pequeno grupo”, para tentar desqualificar para fora da categoria as nossas ideias e as críticas que fazemos à diretoria do Sindicato, o primeiro mais votado na base do Altino foi o companheiro Fábio Gregório, demitido político do Metroviários Pela Base (que constrói o Movimento Nossa Classe), com 161 votos. Nas estações da Linha 1 Azul, mesmo competindo com todos caudilhos governistas, ficamos em segundo a lugar com 166 votos, 1 voto atrás da candidata governista, e a frente da candidata eleita pelo PSTU e da Diretoria do Sindicato. Já na Linha Vermelha, no Trafego elegemos Marilia, companheira demitida política em terceiro lugar com 116 votos, e nas estações Fernanda Peluci também demitida política em 7º com 128 votos.

As palavras ao vento de Altino não podem esconder a realidade de que nossas ideias ganham cada vem mais influência em centenas de trabalhadores, como expressam essas eleições, onde tivemos 4 delegados eleitos nas estações e tráfego das Linhas 1 e 3 (que foi os lugares onde concorremos), e com vários candidatos com votações expressivas nas suas áreas mesmo não sendo eleitos. Mais do que eleger delegados, durante toda a campanha levamos na base da categoria as propostas que queremos debater no V Congresso da Fenametro. Não queremos ir lá como as outras correntes negociar e barganhar cargos dentro da Diretoria da Entidade, distanciando a federação ainda mais da base dos metroviários. Consideramos que está colocada uma grande possibilidade para votar um plano de luta nacional pela readmissão dos metroviários e contra a perseguição aos lutadores, com atos de rua e paralisações em vários estados, além de retomar junho nas ruas com uma grande campanha nacional pela estatização dos transportes sob controle dos trabalhadores juntos aos usuários, para dar uma saída fundo a política de corrupção, terceirização e privatização dos governos.

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