Palavra Operária

Após meses de tensão, a alfândega nacional dirigida pelos assassinos de outubro com o ministério da Fazenda e da presidência ’ personagens que atuaram nos governos neoliberais anteriores e hoje estão na equipe de governo do MAS ’ decidiram despedir 30 estivadores.

Desde 2005 os estivadores dos Armazéns da Alfândega vinham sustentando uma luta e exigindo ao Estado a reversão da empresa de carga e descarga DBU-Swissport, que hoje volta às mãos do Estado mas deixando 30 trabalhadores na rua. Os trabalhadores defendem que esta nacionalização deve se dar com o controle operário, para evitar a corrupção que caracteriza as empresas do Estado.

Porém, o governo “popular” de Evo Morales recontratou os fura-greves e defendeu a transnacional, enquanto deixa na rua os dirigentes sindicais e operários que enfrentaram a antiga patronal. Um claro ataque do MAS à vanguarda operária, que se não pode cooptar os dirigentes recorre à prepotência estatal.

Agora o plano da presidência e do ministério da Fazenda é despedir os dirigentes sindicais lutadores, e os corruptos dirigentes da COR de El Alto são seus cúmplices. Eles colocaram que os trabalhadores deveriam evitar tornar o conflito conhecido, que eles resolveriam a estabilidade no trabalho com um telefonema a Evo Morales. Lamentavelmente a maioria da direção do sindicato caiu nesta chantagem da COR, perdendo um valioso tempo para preparar a luta.

Desde a LOR-CI chamamos a oferecer a mais ampla e efetiva solidariedade com as medidas que os trabalhadores do Armazém da Alfândega votarem. E chamamos a todas as organizações operárias combativas, centros acadêmicos, juntas vicinais a levar adiante esta campanha para exigir a reincorporação de todos os demitidos.

La paz, 25 de junho de 2009

LOR-CI

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