Palavra Operária

Desde o dia 20 de outubro, quando venceu o prazo dado pela justiça burguesa para que os operários de Zanon produzissem sob a forma da cooperativa Fasinpat, a gestão operária está em alerta. O Sindicato Ceramista de Neuquén e os operários da fábrica Zanon, em coletiva de impressa, anunciaram no mesmo dia reforçar a sua luta em defesa da gestão operária e pela expropriação definitiva da fábrica.

Nós da FT-QI impulsionamos em todos os países em que estamos, esta importante campanha. Na Argentina, inúmeros debates, exibições de filmes e coleta de assinaturas estão sendo realizadas pelo PTS, organização irmã da LER-QI. Na França, participamos do ato em frente à embaixada argentina. Na Bolívia, trabalhadores da DBV Swissporte declararam o seu apoio . Aqui no Brasil, desde quando lançamos a Campanha em solidariedade a esta luta em nosso último jornal e criamos o blog http://zanonsobcontroleoperario.blogspot.com, mais de 100 assinaturas de intelectuais, professores, jornalistas, trabalhadores, sindicalistas e ativistas de esquerda foram feitas, além do MST, de entidades como o Sintusp, DCE da Unesp/Fatec, CACH-Unicamp, CAFIL e CASS da PUC-SP, e do Grupo de Estudos de Política na América Latina (GEPAL) da UEL.

No mesmo dia do anúncio e do fim da concessão, uma agência de notícias anunciava: “a justiça Federal de San Isidro, processou a ex-diretoria da falida empresa Zanon por delito de evasão fiscal agravada. A lista inclui os dois ex-gerentes e seis integrantes da diretoria” . Esta sentença comprova as denúncias dos operários da fábrica de esvaziamento e manobras económicas por parte do patrão e seu grupo económico. Por isso, os ceramistas sempre afirmaram que a expropriação de Zanon sem indenização é um ato de justiça para que a fábrica fique definitivamente a serviço da comunidade.

Reforçamos nosso chamado a todas as organizações sociais e políticas dos trabalhadores e a esquerda a não medirem esforços em apoiar a luta dos operários de Zanon. Chamamos especialmente ao PSTU, MNN, PCO, PSOL e suas correntes internas, a encamparem esta campanha. Assim como para a Conlutas e Conlute e todas as entidades que fazem parte destas coordenações.

Alguns nomes que assinam a Campanha internacional pela expropriação definitiva de Zanon e em defesa da gestão operária:

Leonardo Boff, teólogo, Chico de Oliveira, prof. USP, Ricardo Antunes, prof. Unicamp, Rogério Haesbaert, prof. UFF, Roberto Leher, prof. UFRJ, Virginia Fontes, prof. UFF, Andréia Galvão, prof. Unifesp, José Arbex Junior, prof. PUC-SP, Ivana Jinkings - editora da Boitempo, Alvaro Bianchi, prof. Unicamp, Lúcio Flávio de Almeida, prof. da PUC-SP, António Rago, prof. PUC-SP e FSA, Cristina Paniago, prof. UFAL, Felipe Silva, prof. Unesp, Neusa Maria Dal Ri, prof. Unesp, Candido Giraldez Vieitez, prof. Unesp e USP, Edilton de Souza Barcellos, prof. Federal de Viçosa, Edilson José Graciolli, prof. Federal de Uberlândia, Eliel Machado, prof. UEL, Maria Orlanda Pinassi, prof. Unesp, Ruy Braga, prof. USP, Beatriz Abramides, prof. PUC-SP, Claudia Mazzei Nogueira, prof. da UFSC, Vera Lúcia Vieira, prof. PUC-SP, Marcelo Badaró Mattos, prof. UFF, Sonia C Miguel Ferrari, prof. PUC-SP, Gonzalo Rojas, prof. Federal de Campina Grande.

Visite o BLOG da campanha em defesa da gestão operária em Zanon.

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