Quinta 28 de Março de 2024

Nacional

ENCONTRO NACIONAL LIÇÕES DE JUNHO

Principais conclusões e orientações do Encontro "Lições de junho para uma perspectiva revolucionária"

10 Nov 2013   |   comentários

No Encontro "Lições de Junho" propusemos aos mais de 800 presentes e as dezenas de delegações em primeiro lugar debater o lançamento de uma corrente nacional de trabalhadores, classista e antiburocrática, contra os governos e os patrões, atuando como parte da CSP-Conlutas na luta por um pólo nacional que pudesse unificar os setores da esquerda para fazer frente a burocracia sindical diante dos novos acontecimentos da luta de classes nacional. Nossa ideia é que particularmente as delegações operárias, as companheiras trabalhadoras que se organizam no Pão e Rosas, as agrupações já existentes como o Boletim Classista, o Metroviários Pela Base, Professores Pela Base, a agrupação de bancários "Uma Classe", entre outros, debatem em suas estruturas esta proposta de corrente nacional para que em breve organizemos um encontro operário que possa avançar para o lançamento desta corrente. Para esta tarefa, contamos com o apoio fundamental da Juventude Às Ruas.

Das mais de 30 intervenções, se desprendeu claramente a necessidade de levar adiante uma forte campanha contra a repressão em todo o país, pela liberdade dos presos políticos, contra a repressão aos Black Blocs e pela punição dos assassinos de Amarildo, Douglas Henrique e Douglas Rodrigues, e mais centenas que são assassinados todos os anos. Ao mesmo tempo, queremos levar adiante a luta pela punição de todos os torturadores e assassinos da ditadura militar brasileira, bem como uma denúncia frontal ao aparato policial, já que não há reforma que possa tirá-lo de seu papel repressor. E discutimos ainda a necessidade de impulsionar uma campanha nacional contra a precarização do trabalho, pela efetivação dos terceirizados e contratados sem concurso público, por salários e direitos iguais.
Também tomamos as bandeiras de junho em relação aos serviços públicos, porém colocando a necessidade de que não somente levantemos as demandas mais imediatas como busquemos um programa de fundo para os serviços públicos. Este programa de fundo só pode ser a estatização sob controle dos trabalhadores e usuários de todos os serviços como educação, saúde, transporte e também o petróleo, recém privatizado pelo governo do PT e de Dilma. Esta estatização deve ser sem indenização através do não pagamento da dívida externa e sob impostos progressivos aos grandes capitalistas e empresários.

O Encontro teve enorme peso em debater os temas democráticos, e por isso consideramos fundamental, rumo ao dia 20 de novembro, o dia da "consciência negra" e o dia 25 de novembro, dia de luta contra a violência as mulheres, buscarmos uma atuação em comum contra o racismo histórico de nosso país e contra a violência às mulheres, lutando desde uma perspectiva anticapitalista e revolucionária em defesa dos setores oprimidos da sociedade. Acreditamos que todos que estavam no Encontro podem ser parte de construir estes dois dias atuando com outros setores da esquerda em frente-única para levar um programa independente.

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