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Perseguição e violência contra as mulheres

29 Nov 2008   |   comentários

Desde julho desse ano, a Justiça do Mato Grosso do Sul está indiciando, julgando e condenando 150 mulheres acusadas de prática do aborto numa clínica em Campo Grande, sendo que o número total de mulheres que devem passar pela investigação é de 1,5 mil. Até agora 37 foram julgadas e 26 condenadas com penas alternativas.

O juiz Aloísio Pereira dos Santos que abrandou a punição das mulheres com penas alternativas, dentre elas o trabalho em creches, justifica sua atitude dizendo que “Trabalhar com crianças é o melhor caminho para essas mulheres. Mães que precisam trabalhar para sustentar seus filhos ou lutam pela recuperação física e psicológica deles, são exemplos dignos de admiração e respeito, portanto modelos para serem observados” . As mulheres, enquanto um setor socialmente subordinado na sociedade capitalista, seguem sendo consideradas enquanto um modelo reprodutor e enquanto mães e trabalhadoras super-exploradas com a dupla jornada, para justificar todas as práticas de violência contra nós, inclusive a impossibilidade de termos acesso a um aborto diante de uma gravidez não desejada.

É preciso lutar contra todas as formas de violência às mulheres. Transformar essa bandeira num grito de guerra do conjunto da classe trabalhadora. Chamamos as organizações de esquerda, de trabalhadores, direitos humanos e de mulheres, em especial a Conlutas, a impulsionar de forma independente do Governo uma ampla campanha contra todas as formas de violência às mulheres!

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