Palavra Operária

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Nos últimos meses, nós militantes socialistas ao lado de independentes compartilhamos o nascimento de uma agrupação de mulheres Pão e Rosas para lutar pelos nossos direitos e em combate a esse sistema que nos oprime e nos explora. Acreditamos que nossa agrupação tem um enorme potencial, pois nasce da necessidade de organização das mulheres, e conta com jovens estudantes, mulheres trabalhadoras efetivas e terceirizadas e donas de casa. Queremos aqui reforçar a necessidade de neste 1º de maio saírmos às ruas para dar continuidade à luta que já iniciamos no 8 de março, gritando bem alto pelos direitos das mulheres no ato anti-governista da esquerda. Nós, socialistas da LER-QI, acreditamos que o Pão e Rosas deve estar conosco lutando por um bloco classista dentro do ato da esquerda, levantando suas próprias bandeiras e demonstrando o quão absurdo é que essa mesma esquerda, num momento de ofensiva da Igreja contra nossos direitos, chame as mulheres trabalhadoras a compartilhar um ato comum com setores da Igreja. Coloquemos de pé uma forte coluna do Pão e Rosas, demonstrando que o 1º de maio não é um dia de festa, e que nós mulheres não viemos comemorar. Viemos lutar pelos direitos das mulheres.

Basta de mulheres mortas por abortos clandestinos em toda a América Latina!
Direito ao aborto legal, seguro e gratuito!
Basta de intervenção da Igreja em nossos corpos!
Basta de violência contra as mulheres, basta de violência policial!
Abaixo a dupla jornada, por creches, lavanderias e restaurantes comunitários!
Trabalho igual, salário igual!
Efetivação de todas as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados!
Fora as Tropas do governo Lula do Haiti que reprimem em especial as mulheres negras!

Diana Assunção e Mara Onijá são dirigentes da LER-QI e integrantes do grupo de mulheres Pão e Rosas.

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