Quinta 18 de Abril de 2024

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PSOL: junto à diretoria da ADUSP e aos “nobres” deputados, de costas para trabalhadores e estudantes

26 Sep 2009   |   comentários

A partir da reunião do Conselho de Centros Acadêmicos da USP (CCA), o PSOL lançou sua política: apoiar Chico Miraglia e impulsionar a consulta aprovada pela ADUSP, como diziam os panfletos da corrente Romper o Dia. Nesta reunião, os poucos centros acadêmicos presentes, dirigidos pelo PSOL, tentaram decidir o que acham melhor para os estudantes... sem nem ao menos chamar assembléias de curso pelos centros acadêmicos que dirigem.

Por outro lado, o deputado do PSOL, Carlos Gianazzi, no dia 22 de junho, apresentou um projeto de lei (PL 492-09) onde diz defender a democracia na universidade. Esse projeto propõe que o governador siga “nomeando” o reitor, além do que, claro, sequer foi discutido em nenhuma assembléia, seja de trabalhadores, seja de estudantes, pois seria cabalmente recusado. Se a Alesp aprovasse esse projeto seria um golpe ao nosso movimento e até mesmo à luta pela autonomia universitária.

Assim, as camisas amarelas do PSOL, dos dizeres “Democracia na USP Já” , mostra a farsa de uma democracia em abstrato, que se subordina à atual política da diretoria ADUSP, adaptada ao regime universitário e à burocracia acadêmica.

Ao contrário disso, lutamos, junto aos militantes do Movimento A Plenos Pulmões, para que aconteçam as assembléias de base, para que apenas os centros acadêmicos que tenham feito assembléias nos cursos possam votar no burocrático organismo do CCA e que, junto ao boicote do processo eleitoral, imponha-se, a partir das assembléias, que nenhum centro acadêmico apoie algum candidato oficial desta eleição para reitor. Contra a lógica eleitoralista do PSOL, lutamos por centros acadêmicos militantes, independentes da burocracia acadêmica, que se coloquem ativamente ao lado dos trabalhadores em luta e hoje, fundamentalmente, ao lado da resistência do povo e dos trabalhadores em Honduras contra o golpe militar. Os estudantes combativos, assim, têm que ir muito além das meras eleições diretas propostas pelo PSOL e pelo PSTU e lutar desde já pela dissolução do Conselho Universitário, pelo boicote do processo eleitoral, como parte da luta por uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo.

Flávia Vale, dirigente da LER-QI e estudante de Ciências Sociais da USP









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