Sexta 19 de Abril de 2024

Movimento Operário

Organizar um 1º de maio classista e anti-burocrático

29 Apr 2007   |   comentários

A CUT e a Força Sindical convocaram para o 1º de maio um grande dia de festa, shows, sorteio de carros e apartamentos, e escondem o verdadeiro caráter de luta do dia do trabalhador como se fosse possível esquecer o cotidiano de exploração e os ataques impostos pelo governo e pela patronal. Essas centrais não agem assim por acaso. A CUT, atrelada ao governo com o Ministro Marinho e ex-presidente nacional, e a Força Sindical, apadrinhada pelos tucanos paulistas e que agora tenta achar uma vaga no governo para o seu presidente Paulinho Pereira, não lutam até o fim contra os ataques, além de referendar tantos outros como as PPP”™s (Parcerias Público Privadas) que aumentam a terceirização e precarização dos postos de trabalho.

Nesse sentido, o 1º de maio da Praça da Sé se opõem às duas grandes festas organizadas pela burocracia. Enquanto os pelegos confraternizam entre si em suas festas, a esquerda anti-governista representada principalmente pela Conlutas e Intersindical que agrupam uma importante vanguarda de trabalhadores, organiza um ato combativo e independente do governo e dos patrões que tem como eixo central a luta contra a reforma da previdência e o conjunto das reformas neo-liberais.

O PCdoB que dirige a CUT junto com o PT, tem uma política criminosa para os trabalhadores no 1º de Maio. Chama os trabalhadores para participar da festa da CUT no centro de SP e, ao mesmo tempo, envia delegações para a Praça da Sé. Um verdadeiro absurdo que só tem como objetivo trair os interesses dos trabalhadores, enquanto "fica de olho" na manifestação independente organizada pelo setor combativo.

Nós da LER-QI e do Movimento A Plenos Pulmões, junto com os companheiros que organizam o Movimento por uma Tendência Sindical Classista e Socialista colocamos nossas pequenas forças a serviço de organizar um bloco que luta por um programa operário de saída para a crise colocando na ordem do dia as necessidades mais sentidas dos trabalhadores e do conjunto dos explorados do país. Um programa que responda mais de conjunto às questões de salário com o mínimo estipulado pelo Dieese (R$1.600,00), emprego, da precarização do trabalho, da miséria no campo, da opressão imperialista, contra toda superexploração do povo negro, contra o desemprego e a miséria imposta pelo sistema capitalista; e criar um organismo unificado de coordenação das lutas em curso, para que esses processos iniciais no movimento operário possam se estender e se radicalizar, serem vitoriosos e superar suas direções burocráticas.

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