Sexta 29 de Março de 2024

Internacional

XII CONGRESSO DO PTS

Opiniões de outros delegados

21 Dec 2011   |   comentários

Leandro, Lalacnaqom – PTS

Que os homens e mulheres fazem sua própria história sob condições que não elegem é algo muito repetido e, na mesma proporção, pouco compreendido.

Atravessamos uma crise econômica de magnitude histórica, processos revolucionários na África boreal. A luta de classes sob diversas formas, se agudiza nos países imperialistas e “dependentes”. Sob estas condições globais aconteceu o XII Congresso do PTS. Refletindo sobre as mesmas, se delineou uma orientação política determinada, as tarefas e os desafios imediatos, tanto em nível organizativo quanto político. Mulheres, homens, trabalhadores, estudantes, intelectuais, pensando como contribuir com a “própria história”, a da classe operária e todos os oprimidos, a da revolução.

Xs sete militantes que há seis meses nos fundimos com o partido provínhamos da Lalacnaqom, agrupação que defende os direitos dos povos originários em uma perspectiva anticapitalista conforma um arco de organizações de matriz populista e autonomista.

Intervimos no Congresso reivindicando o método com o qual nos fusionamos com o PTS, não somente pela forma democrática como se deu, mas – muito mais importante- pelo conteúdo que carrega tal método. Chamando a estender esta “forma” de ligação, atentos aos desafios que a realidade nos impõe, para assim construir uma potente ferramenta política e revolucionária da classe e dxs oprimidxs.

Vindo de uma tradição distinta, fizemos nossa experiência com a estratégia que o PTS levanta e a tradição que reivindica. Longe de “convidar-nos” a abandonar nossa “sensibilidade” pelas nacionalidades oprimidas, nos foi aconselhado estudar e pensar tal problemática na perspectiva do que Trotsky chama “critério de classe” quando diz que “(...) é supremo para nós (...) mas somente na medida em que inclua respostas para todas as questões básicas do desenvolvimento histórico, incluindo a questão nacional. Um critério de classe sem a questão nacional não é um critério de classe, mas somente o tronco principal de tal critério, que inevitavelmente se aproxima de uma perspectiva sindicalista ou artesanal”.

Somente opondo o “critério de classe” ao sindicalismo, o obrerismo e o oportunismo em geral, tanto no que se refere à educação e formação de militantes e dirigentes como à forma de ligação com a vanguarda e a massa, a classe operária poderá hegemonizar a iniludível aliança com outros setores oprimidos, necessária para tomar o poder e assentar às bases do socialismo.

O papel dirigente do proletariado e seu partido se ganha na luta, tendo experiências em comum. Tal papel, longe de ser ontológico, está mediado pelo “critério de classe”, sem esta não há aliança, sem esta não há revolução.


Paraná, Entre Ríos

Em Paraná - Entre Ríos vem se desenvolvendo um trabalho de abertura que leva quase dois anos de militância no maior sindicato de docentes da província. Depois do XII Congresso, trazemos um grande desafio para 2012, para os trabalhadores da educação em particular, porque a presidente arremeteu contra os trabalhadores condenando nossa luta como “chantagem” e “extorsões”. Por isso, nos propomos a construir um sindicalismo de base e de esquerda em “chave” revolucionária, vamos por tudo o que é dos trabalhadores!


S, operário metalúrgico

Como delegados da juventude trabalhadora do PTS participamos do XII Congresso do PTS, onde compartilhamos distintas experiências das regionais, norte, oeste, aero parque, trocamos propostas em base às tarefas de preparação de organizações classistas no movimento operário, em aliança estreita com o movimento estudantil dando um giro audaz às estruturas operárias. Vemos a necessidade da organização dos jovens trabalhadores para lutar, não somente por nossas reivindicações parciais, mas pelo conjunto dos direitos de todos os explorados, nossos irmãos imigrantes, o direito das minorias sexuais e de nossas companheiras.


Gerardo, docente de Mar del Plata

Acredito que é um acerto que o XII Congresso do PTS tenha marcado claramente a necessidade de assumirmos a nova influência que conquistamos com a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores. Em Mar Del Plata foi a partir da FIT que pudemos organizar companheiros que vem do novo MAS, com os quais começamos a organizar a agrupação docente no SUBTEBA, conseguindo começar um trabalho em distintas fábricas da zona com o jornal Nuestra Lucha.


Santiago, estudante e ex presidente do CeHum

Participei pela primeira vez como delegado de um Congresso do PTS, além de serem jornadas de profundas discussões e reflexão política, o que mais resgato é a atitude dos camaradas mais experientes em transmitir a tradição revolucionária. Uma das principais conclusões que tiro é que as novas gerações têm grandes ideais para se espelhar e bandeiras de lutas históricas para erguer, que hoje se encarnam no legado político-teórico de Trotsky e nos companheiros e companheiras de carne e osso que as tem defendido contra a corrente há vários anos.

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