Quinta 25 de Abril de 2024

Questão negra

Nova Iorque: liberam de acusação outro policial branco acusado de matar um afroamericano

04 Dec 2014 | Milhares de pessoas se manifestavam em Nova Iorque em repúdio à resolução do grão jurado do bairro novaiorquino de Staten Island, que decidiu na quarta-feira não apresentar acusações contra um policial branco que assassinou um afroamericano em julho.   |   comentários

A morte de Garner gerou protestos e indignação na cidade onde já havia tensão por vários casos de brutalidade policial dos quais foram vitimas principalmente afroamericanos e latinos.

O jurado considerou na quarta-feira que não havia provas para criminalizar o policial Daniel Pantaleo pela morte de Eric Garner.

Garner, de 43 anos, era asmático e morreu em 17 de julho por asfixia, segundo determinou a autópsia, após um policial à paisana, Daniel Pantaleo, colocar o braço ao redor do pescoço e executar uma chave de estrangulamento, ato que foi gravado por um transeunte em vídeo.

A morte de Garner gerou protestos e indignação na cidade onde já havia tensão por vários casos de brutalidade policial dos quais foram vitimas principalmente afroamericanos e latinos.

Espera-se que essa decisão reavive as tensões, já que se dá apenas uma semana depois do veredito do grande jurado da cidade de Ferguson que deixou livre de acusações o policial branco Darren Wilson. Wilson é acusado de assassinar o jovem afroamericano Michael Brown em agosto e a sentença gerou uma onda de protestos a nível nacional que se expressou em mobilizações em mais de 170 cidades em 37 estados dos Estados Unidos na semana passada.

A morte de Garner foi, ademais, o primeiro incidente de envergadura que enfrenta o prefeito democrata Bill de Blasio, que entrou no cargo de prefeito do Nova Iorque em janeiro e que chamou, da mesma forma que Obama ante a decisão do jurado de Ferguson, a manifestar-se de forma pacifica. No caso de Ferguson a “mensagem” de Obama não foi bem recebida pelos manifestantes que foram brutalmente reprimidos pela polícia quando o presidente ainda estava dando seu discurso.

Pouco depois que a notícia ficou conhecida, milhares de pessoas estavam começando a concentrar-se no lugar de Staten Island onde foi assassinado Garner, e em distintos pontos da ilha de Manhattan.

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