Sexta 19 de Abril de 2024

MOVIMENTO ESTUDANTIL

Nota da LER-QI sobre acontecimentos após a Assembléia dos Estudantes da USP

08 Nov 2013   |   comentários

Terminada a Assembléia Geral dos estudantes da USP desta quinta-feira, dia 07/11, os estudantes presenciaram lamentáveis cenas de enfrentamento entre setores do movimento. É preciso localizar que essa situação ocorre em um momento em que a vanguarda do movimento está extremamente dividida em relação à continuidade da luta.

Nós da LER-QI queremos demarcar nesta nota que repudiamos os métodos de calúnias, provocações e agressões dentro do movimento. Para nós, as diferenças políticas se tratam politicamente, por meio dos debates e das votações, e os estudantes devem se subordinar às decisões gerais tomadas nas assembleias estudantis. Justamente por isso, apesar de muitas provocações, não participamos desse enfrentamento ocorrido após o término da assembléia geral da USP.

A mobilização dos estudantes da USP passa por um momento difícil. Após o desmonte da greve em curso organizado na ultima semana pelo DCE o movimento se encontra enfraquecido, mesmo com a resposta avançada que os estudantes em assembleia geral na quarta-feira deram ao rejeitar o termo de acordo apresentado pela Reitoria e defendido pelo DCE. Esses métodos e suas repercussões, que colocam o debate político no âmbito moral, além de servir para desviar as diferenças do marco político, ajudam a enfraquecer ainda mais o movimento e favorecem a repressão pela Reitoria e o governo.

Essa situação não pode, de forma alguma, servir de argumento para que o DCE não cumpra sua responsabilidade como direção do movimento, devendo cumprir até o final as deliberações da assembléia, como por exemplo a manutenção da ocupação da Reitoria. Isso somente se torna mais enfático mediante a já anunciada reintegração de posse.

Repudiamos a reintegração de posse que se avizinha e chamamos todxs a defender e manter a ocupação cumprindo resolução majoritária da assembléia de quarta e quinta-feira para barrar toda e qualquer punição, assim como avançar, de fato, nas pautas sobre permanência, repressão, democratização e acesso. É fundamental construir e fortalecer o Comando de Greve. Também devemos construir os atos marcados para semana que vem e as assembleias de curso na segunda-feira e geral na próxima quarta. Em relação aos enfrentamentos, consideramos que o próprio movimento deveria debater e organizar comissões para apurar esta situação.

É hora de unirmos o movimento a partir de eixos prioritários comuns, com centralidade para a exigência de nenhuma punição; massificarmos essa greve e mantermos a ocupação para pressionar a Reitoria a reabrir negociação e eliminar do termo o item que trata sobre a punição ao movimento.

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