Sábado 20 de Abril de 2024

Internacional

MEGACAUSA CONTRA POLICIAIS, MILITARES E EX-JUÍZES EM MENDOZA

Nicolás Del Caño exige que se abram todos os arquivos da ditadura

18 Feb 2014   |   comentários

O deputado nacional do PTS na Frente de Esquerda, Nicolás Del Caño, chegou em Mendoza esta manhã para participar do começo do julgamento a 41 implicados no genocídio durante a última ditadura militar.

O deputado nacional do PTS na Frente de Esquerda, Nicolás Del Caño, chegou em Mendoza esta manhã para participar do começo do julgamento a 41 implicados no genocídio durante a última ditadura militar. Neste caso, julgam-se policiais, militares e ex-membros da Justiça federal como Otilio Romano ou Luis Miret, todos eles acusados de serem cúmplices da última ditadura militar.

O deputado nacional foi convidado pelos advogados querelantes, e antes de ingressar na sala de audiências declarou: “Este é o resultado de décadas de luta dos organismos de Direitos Humanos junto aos trabalhadores e ao povo. Pela primeira vez se vai julgar ex-magistrados judiciais, demonstrando a cumplicidade da justiça no genocídio”. E agregou: “É um passo importante, mas ainda não é suficiente. Temos de avançar em julgar todos os responsáveis civis e militares. Viemos exigindo junto aos organismos de direitos humanos independentes do Governo que se abram TODOS os arquivos da ditadura. Aí estão todas as provas para julgar todos os cúmplices. Não obstante, o Governo nacional se nega a abrir os arquivos, o que nos permitiria avançar em julgar de forma imediata os juízes cúmplices, a hierarquia eclesiástica (como se fez com Von Wernich), os grandes grupos econômicos que promoveram e apoiaram o golpe, e todos os membros das forças repressivas que hoje permanecem em funções. Essa é nossa demanda para que se condene à prisão perpétua em cárcere comum e efetivo todos os responsáveis pelo desaparecimento e morte de trinta mil companheiros”.

Del Caño, que estava acompanhado pela senadora eleita Noelia Barbeito (PTS) e a deputada eleita Cecilia Soria (PTS), também sustentou: “Hoje existem mais de cinco mil processados por lutar na Argentina e se condenou à prisão perpétua três trabalhadores petroleiros de Las Heras (Santa Cruz), em um julgamento totalmente armado, cujas provas foram obtidas sob ameaças e torturas”. E continuou, “Tampouco podemos esquecer que o Governo nacional persegue os lutadores populares através do ‘Projeto X’ e que ainda segue desaparecido o companheiro Jorge Julio López”.

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