Sexta 29 de Março de 2024

São Paulo

ABSURDO

Não ao aumento da tarifa de água!

15 Nov 2014   |   comentários

Na sexta-feira (14) o governo anunciou que o reajuste da água vai ser maior que 5,4%. Agora que passaram as eleições, como se já não bastasse o sofrimento da população com a falta de água, agora Alckmin que paguemos a conta pela crise que eles geraram com os enormes lucros que foram destinados aos acionistas e a falta de investimentos.

Na sexta-feira (14) o governo anunciou que o reajuste da água vai ser maior que 5,4%. Agora que passaram as eleições, como se já não bastasse o sofrimento da população com a falta de água, agora Alckmin que paguemos a conta pela crise que eles geraram com os enormes lucros que foram destinados aos acionistas e a falta de investimentos.

Água apenas para matar a sede de lucro dos capitalistas

Também na sexta-feira (14), em comunicado ao mercado, a Sabesp anunciou uma queda em seu lucro líquido de 80,7% na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Isso significa que o lucro líquido da companhia, de julho a setembro, foi de R$ 91,5 milhões, contra R$ 475 milhões dos mesmos meses de 2013.

Ao mesmo tempo, apesar de toda a crise, o governo reduziu os investimentos. No início do ano, a Sabesp definiu um orçamento de R$ 2,642 bilhões para investimentos, mas, segundo a área financeira da companhia, o valor deverá ficar abaixo da meta.

Por que todos os lucros não são imediatamente investidos nas medidas necessárias para que nenhuma família fique sem água?!

Retomemos o caminho de junho para lutar pela água

Precisamos unir os sindicatos, oposições sindicais e organizações da esquerda para lutar em comum por um plano de ação que realmente impeça as famílias de ficarem sem água.

 Os grandes supermercados e das empresas privadas de distribuição de água têm água de sobra e seguem lucrando cada vez mais com ela. Essa água deve ser confiscada e distribuída aos bairros pobres.

 Sobra água nas piscinas, clubes e bairros ricos. Essa água deve ser repartida com os bairros pobres que não têm nada.

 40% da água é desperdiçada em encanações velhas e defeituosas. Todos os funcionários terceirizados da Sabesp devem ser efetivados e deve ser contratada a quantidade de funcionários suficiente para estancar imediatamente esse desperdício.

 O Estado deve implementar imediatamente um plano de obras públicas para providenciar uma rede de poços artesianos nos bairros pobres, despoluir nossos mananciais, construir novos sistemas de abastecimento e tratamento, administrados pelos sindicatos e associações de bairro.

 Claro que os governos vão alegar que não têm dinheiro para isso. Mas esse dinheiro deve vir do não pagamento dos juros da dívida pública aos banqueiros e do confisco dos lucros das empresas que poluem os rios.

 Toda empresa que queira demitir os trabalhadores alegando necessidade de reduzir a produção por causa da recessão ou da falta de água, deve manter os postos de trabalho reduzindo a jornada sem reduzir os salários, tirando o dinheiro dos lucros enormes que ganharam nos tempos de vacas gordas ou que seguem ganhando.

Nenhuma família sem água!

Reunir os sindicatos e o posições sindicais que hoje se colocam como independentes do governo e da patronal deve servir como alavanca para nos dirigirmos com mais força aos trabalhadores das bases das direções sindicais traidores da CUT, da Força Sindical, da CTB etc., para que esses se livrem dessas direções e retomem seus sindicatos como ferramentas de luta.

As manifestações de junho de 2013 mostraram o enorme potencial do povo mobilizado. Precisamos retomar esse caminho, o de impor nossa vontade pela força da mobilização. Uma saída de fundo para a crise da água só vai poder se dar com a reestatização de todas as empresas de coleta, tratamento e distribuição de água, colocando-as sob a administração dos trabalhadores que as fazem funcionar em aliança com a população de cada região.

Essa batalha deve se dar no marco de nos convencermos de que os trabalhadores podem assumir o governo do país em suas próprias mãos, a partir de suas ferramentas de luta e da democracia de suas assembleias, tirando o poder das mãos dos capitalistas.

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