Sexta 29 de Março de 2024

Internacional

NOVO ATAQUE À AUTONOMIA SINDICAL NA VENEZUELA

Não à demissão de Orlando Chirino

10 Feb 2008   |   comentários

As autoridades da petroleira estatal PDVSA e do Ministério do Trabalho demitiram o companheiro Orlando Chirino, reconhecido dirigentes sindical e da esquerda que, junto aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras, e dos setores populares, enfrentou o golpe de estado pró-imperialista de abril de 2002 e a posterior paralisação-sabotagem patronal, na qual os trabalhadores e trabalhadoras e povo pobre recuperaram e puseram para produzir vários setores da PDVSA, que a reação pró-imperialista queria paralisar.

O companheiro, ainda que impulsionou a campanha de Chávez pelos 10 milhões de votos para as eleições de 2006, agora corretamente chamou a votar nulo tendo se negado a apoiar a reforma constitucional de Chávez, que propunha para conseguir a reeleição indefinida, aumentar seus poderes e controlar ainda mais as organizações sociais e sindicais. Mais ultrajante ainda é que ao mesmo tempo Chávez anistiou a vários participantes do golpe de 2002, sinistras figuras da reação pró-imperialista interna.

Este avanço do governo de Chávez sobre a autonomia sindical começou já com a formação do PSUV, ao qual se deveriam subordinar todas as organizações. Chávez declarou neste momento que aquele que não entrasse no partido era um “traidor da revolução” . Seguiu com a reforma constitucional que fracassou no recente referendo. Estas tentativas de reforçar o poder do regime e disciplinar aqueles que não se subordinam a seu “socialismo com empresários” , tiveram sua expressão mais clara na marginalização e posterior repressão aos trabalhadores da Sanitarios Maracay que exigiam a expropriação sob controle operário da empresa [1].

A demissão de Chirino é um novo ataque a todos os trabalhadores e suas organizações que deve ser repudiado energicamente. Por isso, aderimos e impulsionamos com todas as nossas forças a campanha internacional pela sua imediata re-incorporaçã o e contra qualquer tipo de represália política.

[1Este fato foi repudiado por uma importante paralisação operária regional no Estado de Aragua em maio de 2007.

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