Terça 23 de Abril de 2024

Movimento Operário

Na COSEAS e no CRUSP: unificar o movimento para arrancar nossos direitos!

21 Mar 2011   |   comentários

A USP de excelência brinda a todos o aprendizado a todo momento. Nas demoradas filas dos restaurantes podemos observar as lições do modo de produção fordista e toyotista dentro dos restaurantes, que comportam diariamente a produção de 10.000 refeições num ritmo de trabalho insuportável. Mais de 60% dos funcionários adoecem, e assim a USP contribui para o Brasil ser um dos campeões mundiais de acidentes e mortes em decorrência do trabalho.

Já na moradia estudantil, o que prima é a repressão à juventude que entrou na universidade mais elitista do país. Não há vagas pra todos, e os que vivem lá dentro estão sob os “olhos atentos” da Reitoria que organiza “documentos secretos” sobre a vida dos estudantes, além de promoverem uma série de “programas assistenciais” que são policialescos. Particularmente hoje, há uma repressão específica aos estudantes que lutaram por moradia nas últimas greves.

Ao mesmo tempo, é necessário ressaltar que todos os serviços oferecidos por esta Coordenadoria são negados ao conjunto dos terceirizados. Não podem comer nos restaurantes, ter seus filhos nas creches, ter moradia. Este é um pequeno retrato da “USP profunda”, da USP que não aparece no “USP Destaques” da Reitoria. Porque é a USP da super-exploração, da humilhação, do desrespeito, da fome. Mas principalmente porque é a USP que protagonizou lutas de terceirizadas e terceirizados. Onde os estudantes historicamente lutaram para impor as moradias. Onde as mães trabalhadoras fizeram passeatas para conquistar as creches. Onde os trabalhadores dos restaurantes mostram sua cara durante as greves.

Por isso, a tarefa mais importante hoje para todos aqueles que moram e trabalham no espaço da COSEAS e CRUSP é unificar o movimento para lutar contra a política policial da Coordenadoria chefiada por Waldyr Jorge, contra a Reitoria e o governo, defendendo em primeiro lugar os estudantes perseguidos. Só assim poderemos garantir a abertura de novos restaurantes universitários subsidiados pela Reitoria e abertos a todos os trabalhadores efetivos e terceirizados, apontando para a luta pela incorporação imediata e sem concurso público dos mesmos. Garantir vagas na moradia para todos que precisem, e creches para todas as crianças que necessitem. Esta unidade explosiva é o que a Reitoria teme.

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