Terça 23 de Abril de 2024

Internacional

ENCONTRO NACIONAL DO SINDICALISMO COMBATIVO NA ARGENTINA

Massivo Encontro Sindical Combativo exige paralisação nacional e convoca jornada de cortes e piquetes

17 Mar 2014   |   comentários

Ante um auditório de quatro mil pessoas que encheram o estádio de Atlanta, e com a apresentação do delegado do metrô e dirigente do PTS, Claudio Dellecarbonara, começou o Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo.

Ante um auditório de quatro mil pessoas que encheram o estádio de Atlanta, e com a apresentação do delegado do metrô e dirigente do PTS, Claudio Dellecarbonara, começou o Encontro Nacional do Sindicalismo Combativo, com intervenções de Rubén “Pollo” Sobrero (UF HAEDO), e Carlos “Perro” Santillán, do SEOM Jujuy, Raúl Godoy, dirigente do PTS e operário de Zanon, e Javier “Poke” Hermosilla, da Comissão Interna de Kraft.

Todos os oradores coincidiram em saudar a luta docente e em criticar todas as direções das centrais sindicais, incluindo Hugo Moyano, e exigindo um plano de luta nacional por aumento de salário nas datas-base, contras as demissões e pela absolvição dos petroleiros de Las Heras condenados à prisão perpétua.

No ato de abertura, Javier Hermosilla sustentou: “Vamos continuar com os piquetes e os cortes de rua, como fizemos no 20N de 2012 na ocasião da paralisação nacional convocada por Moyano e Micheli, para levantar uma voz independente dessas direções sindicais e impor todas as nossas reivindicações. E como fizemos no dia 27 de fevereiro, quando fomos milhares de trabalhadores e correntes de esquerda que nos unificamos nos cortes da Panamericana, General Paz e Puente Pueyrredon, e em todo o país, para exigir a absolvição dos petroleiros de Las Heras, provocando a fúria de Sergio Berni e de Cristina Kirchner, que utilizou a cadeia televisiva nacional para atacar-nos”.

Por sua parte, Raúl Godoy anunciou que “ao mesmo tempo em que exigimos uma paralisação e um plano de luta contra o ajuste e a criminalização do protesto, desde o PTS e as agrupações que impulsionamos, seguiremos em luta por recuperar os sindicatos para os trabalhadores expulsando a burocracia sindical. Para estas lutas temos uma nova conquista, que são os deputados da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores”.

Depois do debate nas comissões, realizou-se um plenário de fechamento onde se leram as moções por maioria e minoria de cada comissão, que depois se puseram à votação, , e fizeram uso da palavra trabalhadores das principais lutas do último período, como Liliana, Kromberg e Valeo, entre outros, ademais de saudações dos deputados da Frente de Esquerda, Angelica Laguna de Neuquén e Christian Castillo da província de Buenos Aires (que se fez presente junto ao deputado nacional Nicolás Del Caño).

Votaram-se as seguintes resoluções:

1) Solidariedade ativa com as lutas em curso, em especial a rebelião docente da província de Buenos Aires, e as lutas contras as demissões e suspensões, como em Kromberg e Volkswagen.

2) Repudiar a trégua das direções sindicais. Exigência de paralisação nacional e de um plano de luta à CGT e CTA [centrais sindicais] para derrotar o ajuste do governo.

3) Convocatória a uma ação de luta do Encontro. Apoiar a Jornada nacional do próximo dia 9 de abril, pela absolvição dos petroleiros de Las Heras, no marco da luta para derrotar o ajuste.

4) Mesa provisória de coordenação nacional aberta dos setores combativos e antiburocráticos. No mesmo sentido, desenvolver Encontros provinciais e regionais.

5) Resolução especial de apoio à greve docente.

6) Resolução internacionalista em apoio à histórica greve de Panrico, Barcelona.

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