Sexta 29 de Março de 2024

Movimento Operário

GREVE DOS FUNCIONÁRIOS DA UNICAMP

Lutar por isonomia, contra as repressões e pela efetivação dos terceirizados!

20 Oct 2011   |   comentários

Os trabalhadores da Unicamp iniciaram 18/10 sua resposta contra os ataques do reitor Fernando Costa: deflagraram uma greve pela isonomia salarial com as estaduais paulistas. Os funcionários da Unicamp têm estado entre os mais atacados nas estaduais paulistas, tendo os piores salários, um forte avanço da terceirização e precarização do trabalho, além dos mecanismos de controle dos trabalhadores, como a G-34 - que como o PROADE na USP- visa institucionalizar as bases para a coerção e repressão mais direta dos trabalhadores, com o assédio moral e as demissões durante o “estágio probatório” de três anos.

Desde já estamos junto aos trabalhadores com total solidariedade à sua greve, discutindo também com os estudantes, pois essa aliança é fundamental para combater o projeto de universidade privatista e excludente implementado na Unicamp. Nesse sentido, chamamos a imediata conformação de comitês entre os estudantes de apoio aos trabalhadores.

A diferença de reajuste entre trabalhadores e docentes que as reitorias vêm fazendo nos últimos anos, assim como as diferenças entre os salários dos funcionários de cada universidade e o abismo entre as condições de trabalho de efetivos e terceirizados visa dividir cada vez mais as categorias e enfraquecer os trabalhadores para avançar na privatização e terceirização da universidade. Também se oferecem “planos de carreira” (como o da USP) combinando algumas concessões econômicas com uma série de ataques, que criam as bases para novas repressões, demissões, ataques ao sindicato etc.

A reitoria tratará de descarregar novos ataques repressivos contra a greve em curso. Por isso é muito importante também ligarmos a defesa da isonomia salarial à luta contra as punições e a repressão na universidade, exigindo que se retirem os processos dos 9 trabalhadores reprimidos civil (administrativa) e juridicamente, com imediata retirada dos inquéritos.

A greve dos terceirizados do restaurante universitário (empresa EB-Alimentos), que no mês de setembro paralisaram por conta das absurdas condições de trabalho, demonstra que só o programa da efetivação dos trabalhadores, sem concurso público, pode nos conduzir a um combate mais estratégico pela unidade das fileiras operárias. Chamamos os companheiros da nova diretoria do STU (coletivo Vamos à Luta/PSOL) a ligar a luta pela isonomia salarial à luta em defesa da universidade pública e pela efetivação de todos os funcionários terceirizados da Unicamp, escancarando e derrotando o projeto de universidade da reitoria.

Aliança operário-estundatil para vencer. Viva a greve dos trabalhadores da UNICAMP!

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