Quinta 25 de Abril de 2024

Movimento Operário

CONFLITO NA ESCOLA DE APLICAÇÃO DA USP

Lutar contra o assédio moral e pela qualidade de ensino!

23 Apr 2010   |   comentários

Na USP, universidade do “diálogo”
de Rodas, as trabalhadoras
da Escola de Aplicação
começaram a se organizar
junto ao Sindicato pra lutar por
melhores condições de trabalho,
contra os abusos e assédio
moral da Diretoria. Essa luta
ocorre em meio a um grande
questionamento à qualidade de
ensino na Escola de Aplicação,
que desde 2008 vinha deixando
de ser uma das escolas bem
avaliadas nos índices de avaliação
de ensino no Estado de
São Paulo.A medida tomada em
relação a isso foi a criação de
um Conselho Gestor conformado
principalmente por professores
doutores da Faculdade
de Educação para intervir nos
temas pedagógicos e de ensino
relativos à Escola.

De lá para cá, em nome da melhoria
na qualidade de ensino e
das “necessárias mudanças”,
estes professores, junto à
Diretoria da Faculdade de
Educação vem legitimando a
Diretora da Escola de Aplicação
a desferir medidas ditatoriais
contra os funcionários, que não
são responsáveis pela má avaliação
da Escola. Diante desta
situação, é necessário cada vez
mais organizar a luta dos trabalhadores
da Escola de
Aplicação buscando se aliar não
somente aos funcionários da
Faculdade de Educação, mas
buscando uma aliança mais
ampla também com os pais dos
alunos, os próprios alunos, os
estagiários e professores da
Escola de Aplicação, pois se
trata de uma luta ainda maior.

Numa universidade onde existe
um filtro social chamado
vestibular, onde a estrutura de
poder é completamente
anti-democrática e onde reina a
precarização do trabalho, a luta
por melhores condições de trabalho
na Escola de Aplicação só
pode ser vitoriosa se estiver
ligada com o questionamento
deste status quo, vinculando a
necessidade de lutar contra o
assédio moral, mas também por
melhores condições e qualidade
de ensino, por ampliação e mais
vagas na Escola de Aplicação,
por liberdade de organização
dos alunos e por um verdadeiro
debate com o conjunto
da comunidade (estudantes,
professores, pais e alunos)
sobre a reestruturação
pedagógica e acadêmica da
Escola de Aplicação, para que
esta possa se colocar a serviço
da maioria da comunidade que
são os filhos dos trabalhadores
efetivos e precarizados da
região.

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