ESTUDANTES
Levantemos nossas demandas junto aos trabalhadores nesse 1º de maio!
25 Apr 2009
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Precisamos retomar os grandes momentos históricos em que o movimento estudantil se colocou ao lado dos trabalhadores, como começa a fazer na Europa para que os capitalistas paguem pela crise.
A crise capitalista aprofunda a crise na universidade no Brasil. O governo Lula se vangloria da bandeira de “democratização” do ensino superior, mas não pode esconder o fato de que a universidade brasileira segue sendo restrita a uma parcela ínfima da população , e que cerca de 70% dos universitários estão nas instituições privadas pagando altas mensalidades por uma péssima qualidade de ensino, sendo em sua ampla maioria os jovens trabalhadores e o povo pobre os que são condenados a isso.
É necessário reorganizar completamente o sistema universitário elitista e racista deste país, partindo de atacar o lucro dos capitalistas das particulares que movimentam anualmente mais de 25 bilhões de reais! Não podemos mais arcar com as mensalidades e o constante risco de sermos expulsos da universidade por não termos como pagar. Qualquer democratização efetiva da universidade só poderá se dar com a estatização das universidades particulares e o fim do vestibular para que as portas da universidade se abram aos setores mais explorados e oprimidos da população. Não basta que o governo substitua o vestibular pelo “novo ENEM” somente nas ínfimas vagas das federais, onde vai continuar a disputa encarniçada e se manterá um enorme filtro. Em cidades como São Paulo sequer há federais e as estaduais continuarão como estão. Sem atacar o lucro dos capitalistas não há saída efetiva para a crise da universidade.
As lutas que estão ressurgindo em universidades públicas e privadas devem se transformar em um ponto de apoio para essa luta profunda. A luta pela redução das mensalidades, contra a repressão, pela permanência estudantil, por exemplo, precisam mais do que nunca estar ligadas a uma saída de fundo. Sem isso, a tendência é que caso haja conquistas, que estas sejam retiradas com o aprofundamento da crise.
É o momento também de unificar os estudantes secundaristas e dos cursinhos para lutar por uma real democratização da universidade, colocando essa enorme força explosiva da juventude nas ruas.
Chamamos toda a juventude que está dentro e fora da universidade hoje a lutar por essas demandas dentro do nosso bloco no 1º de maio.
Abaixo a repressão!
Permanência estudantil plena!
Mais verbas para a educação pública!
Pela estatização das universidades particulares!
Pelo fim do vestibular!
Pela aliança operário-estudantil!
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