Palavra Operária

No dia 14/9, Fernando Haddad, o ministro da educação de Dilma, esteve na USP para discutir a educação pública. Em meio à crise política do governo federal, dos escândalos de corrupção, Haddad faz propaganda do governo, e também prepara sua candidatura à eleição para a prefeitura de São Paulo em 2012.

Encontrou, no entanto, o movimento estudantil e de trabalhadores que sabe bem que os projetos do governo expandiram vagas precarizando e privatizando o ensino, e ainda assim excluem 86% da juventude da universidade ou mantêm o ensino básico em situação de calamidade.
Como disse Pablito, diretor do SINTUSP e dirigente da LER-QI, intervindo contra Haddad, é necessária uma transformação radical da educação, com um aumento substantivo do investimento, em detrimento do pagamento da dívida pública, e mais além - pois não queremos mais verbas para os grandes monopólios do ensino, para que todos tenham acesso à universidade é necessário o fim do vestibular e da estatização de todo o sistema de ensino, a democratização radical dos regimes universitários, o fim da repressão aos que lutam e a imediata retira da PM de dentro das universidades a incorporação de todas(os) as(os) trabalhadoras(os) terceirizadas(os). E essa transformação só poderá ser realizada pelos estudantes e trabalhadores aliados, se organizando para por abaixo o regime universitário e os "compromissos" do governo com os empresários que lucram sobre a miséria do povo.

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