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29 ANOS DE DEMOCRACIA DOS RICOS E OS MILITARES SEGUEM IMPUNES

Há 50 anos do Golpe de 64: Punição aos militares e civis envolvidos com a ditadura militar!

21 Mar 2014   |   comentários

No dia 1 de abril será realizado em Belo Horizonte o ato contra o golpe militar de 1º de abril de 1964, organizado pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de Minas Gerais.

Nos preparativos para a o aniversário dos 50 anos do golpe, militares da alta patente ameaçaram sair às ruas para festejar o que chamam de maneira provocativa como “revolução de 1964”. Rapidamente o governo federal coibiu com possível punição os militares que saíssem da caserna. No entanto, ao contrário da ideia de que o governo do PT seria um possível aliado dos direitos humanos (como dizem militantes governistas do Levante Popular da Juventude), o Brasil segue sendo um dos únicos países na América Latina que não tem militares e ditadores na lista de condenados, mesmo tendo sido o Brasil condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos a punir responsáveis pelas mortes, torturas e desaparecimentos durante a ditadura militar.

O governo de Dilma Rousseff e a Comissão Nacional da Verdade (CNV) seguem sendo agentes do esquecimento e da impunidade. Até hoje, o que foi organizado pela CNV está aquém dos materiais já coletados durante anos por militantes e familiares de mortos e desaparecidos. A CNV, fundamentada na Lei da Anistia, mostra que não cumpre o papel sequer de resgatar a verdade. A Lei da Anistia, tal como foi votada em 1979, parcial e restrita, foi parte de uma estratégia para selar a impunidade e o esquecimento em nome da nova democracia burguesa que se avizinhava. E hoje o governo de Dilma Rousseff e do PT mostram que só podem governar para os ricos mantendo as regalias para os militares e civis.

No dia 1 de abril será realizado em Belo Horizonte o ato contra o golpe militar de 1º de abril de 1964, organizado pela Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de Minas Gerais. O ato será uma homenagem a todos que foram perseguidos e mortos durante a ditadura militar no Brasil e levantará a necessidade da punição dos civis e militares envolvidos com ditadura militar. Haverá a troca do nome do viaduto Castelo Branco (primeiro ditador pós golpe de 1964) para Helena Greco, uma grande militante dos direitos humanos e da luta contra a ditadura desde Minas Gerais. No último aniversário do golpe, em 2013, a Frente Independente protagonizou um dos únicos atos no país pela punição aos militares com independência frente aos engodos da CNV de Dilma. E a política independente, ainda mais após Junho, continua se mostrando a mais democrática. A revogação da lei da anistia de 1979 é essencial para punição de civis e militares. Buscamos fazer desta uma luta também da classe trabalhadora e da juventude. Desde a LER-QI, colocamos nossas forças para nacionalizar essa luta. O ato do 1º de Abril em BH é uma ferramenta para isso. Todos ao ato!

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